A passagem do técnico Rogério Ceni pelo Cruzeiro deixou lembranças fortes na memória do treinador. O ex-goleiro contou detalhes negativos de sua passagem por Belo Horizonte, como, por exemplo, o fato de não ter recebido ainda um centavo sequer pelos dias trabalhados na Toca II no ano passado. Ceni abriu o jogo em entrevista que vai ao ar no programa “Bola da Vez”, na ESPN Brasil, às 23h deste sábado.

“Morei dentro do CT 21 dias para entender como tudo funcionava. Quando eu entendi como tudo funcionava eu mudei para uma casa, aí eu entendi que não ia funcionar muito. Além do que eu paguei para trabalhar no Cruzeiro, é bom esclarecer isso. Eu gastei muito dinheiro para ir para Minas e nunca recebi um centavo por um dia de trabalho até hoje. Nunca entrei na justiça contra ninguém, não gosto disso, mas isso é muito triste, não receber uma ligação sequer. Absolutamente nada. Eu fico triste porque é um grande clube, mas eu gastei dinheiro! Paguei rescisão contratual de onde eu morava, rescisão contratual de onde eu aluguei imóvel, mais transferência, carro etc”, disse.

Ceni também falou sobre um assunto que deixa o cruzeirense chateado: o rebaixamento do clube no ano passado. O treinador foi categórico ao apontar o culpado pela queda do Cruzeiro à Série B, e disse que se tivesse permanecido, o time teria realidade diferente.

“Uma coisa eu te digo: se eu tivesse ficado, com as mudanças que estavam sendo implementadas, o Cruzeiro não iria para a Série B. Isso eu garanto para você. Eu acho que o Cruzeiro conseguiria escapar da zona do rebaixamento (…) Eu digo: os maiores culpados, ou melhor, uma pessoa em especial é culpada, que foi quem dirigiu o clube, não os jogadores”, falou.

Rogério Ceni trabalhou por 47 dias no Cruzeiro e foi demitido um dia após o time empatar com o Ceará, na Arena Castelão, no segundo turno da Série A do Brasileirão, no ano passado. Nem mesmo as lembranças negativas fazem o treinador ter apenas pensamentos ruins sobre a Raposa.

“O Cruzeiro é um belíssimo lugar para se trabalhar, é uma pena o que fizeram com o Cruzeiro. Ele sempre foi um time que eu tinha muita sorte quando eu jogava, nos confrontos eu fazia gols, mas eu tinha muita admiração pelo clube. Além da camisa, que eu acho muito bonito esse tom de azul. Mas infelizmente lá no Cruzeiro quem administrou naquele tempo não soube lidar. Acho que o Cruzeiro vai ter sérias dificuldades, mas continua sendo um grande clube. Fui muito recebido, adoro os funcionários de lá, fui muito bem tratado (…) Lamento muito não conseguir ajudar”, comentou.

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