A declaração do presidente Jair Bolsonaro de que “quando acabar a saliva, tem que ter pólvora” repercutiu na esfera política brasileira. Bolsonaro se referiu a possíveis barreiras comerciais impostas por outros países condicionadas à preservação da Amazônia.
A declaração foi uma resposta a proposta feita por Joe Biden, declarado presidente eleito dos Estados Unidos pelas principais empresas de comunicação do país, durante debate eleitoral de 29 de setembro. O norte-americano propôs formar uma coalizão internacional para transferir US$ 20 bilhões (cerca de R$ 115 bilhões) ao Brasil para a preservação da Amazônia.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), usou sua conta no Twitter nessa 3ª feira (10.nov) para rebater o presidente da República.
“Entre pólvora, maricas e o risco à hiperinflação, temos mais de 160 mil mortos no país, uma economia frágil e 1 Estado às escuras. Em nome da Câmara dos Deputados, reafirmo o nosso compromisso com a vacina, a independência dos órgãos reguladores e com a responsabilidade fiscal”, escreveu Maia.
Maia usou a palavra “maricas” em referência a outra declaração de Bolsonaro. O presidente da República disse que o Brasil precisa deixar de ser 1 país de “maricas”. Para ele, a pandemia de covid-19 tem recebido importância demais.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado, escreveu em seu perfil no Twitter: “No dia que termina assistimos: o presidente celebrar o ‘fracasso’ de uma vacina em meio a mais de 160 mil mortos; o presidente nos chamar de ‘país de maricas’; pólvora como possível solução para 1 conflito com os EUA”.
Ele lembrou do apagão no Amapá e pediu que Bolsonaro passe “pelo menos 1 dia governando”.
Poder 360