Ailton de Medeiros, de 33 anos, suspeito de jogar acetona e atear fogo na companheira Kênia Oliveira Reis, de 30 anos, foi ouvido no final da tarde desta quarta-feira, 8, na Delegacia da Mulher. Ele conversou com exclusividade com o repórter Batista Pereira e negou o crime. Medeiros disse já ter cumprido 10 anos de prisão por homicídio.
Questionado pela reportagem ele disse ter matado um estuprador em Uberlândia. “Matei um tarado. Ele pegou um parente de uma amiga minha“, disse. Segundo a Polícia, o suspeito estava foragido da justiça, pois cumpria pena como albergado e não retornou para o presídio.
Ailton Medeiros alega que a mulher se queimou em um acidente doméstico. “Não foi tentativa de homicídio, tanto é que eu prestei socorro à minha esposa. Eu estava foragido da justiça com mandado de prisão e levei ela na UAI, voltei em casa, peguei as roupas dela pra dar assistência novamente e fui preso dentro da UAI.”
O suspeito afirma não ter tido a intenção de queimá-la. “E ela tem ciência disso, mas ela disse que ia me ferrar e assim ela tá (sic) fazendo.”
Já a Polícia Civil tem a outra versão do fato, o depoimento da vítima. “Vimos que se trata de um caso bastante delicado. A vítima relata que ele teria chegado em casa com crise de ciúmes dizendo que ela teria outro (homem), coisa que ele sempre dizia. Ele ainda a teria ameaçado com uma faca. Depois, quando ela estava sonolenta no sofá, ela teria despertado com ele jogando acetona nela e posteriormente fogo“, afirma a Delegada Alessandra Rodrigues da Cunha.
A PC fez um requerimento de medida protetiva de urgência ao judiciário e fará o possível para Ailton ficar preso preventivamente até o dia do julgamento. Suspeito e vítima moravam juntos há um ano.
Repórter no local: Batista Pereira