A paciente, de 37 anos, foi infectada pela doença em junho, quando apresentou sintomas como dor de cabeça e abdominal, além de coriza. Na ocasião, a profissional realizou o teste de RT-PCR na Paraíba, que confirmou as suspeitas. Contudo, a mulher voltou a manifestar sinais de um novo quadro de síndrome gripal durante o mês de outubro.
Conforme foi revelado pelas secretarias de saúde, a paciente sofreu uma diminuição da força física (astenia), dores musculares (mialgia), dor de cabeça (cefaleia frontal) e distúrbios gustativos e olfativos. Com isso, a profissional foi novamente submetida a um novo exame de RT-PCR, cujo resultado foi positivo para a presença do vírus SARS-CoV2.
O caso, que estava sendo investigado desde 23 de outubro, é o primeiro a ser registrado no Brasil e a ser confirmado pelo Ministério da Saúde. De acordo com a Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap), há outros cinco pacientes em investigação sob suspeita de reinfecção. Desses, três foram analisados, mas não tinham viabilidade para a avaliação.
Em nota, o Ministério da Saúde confirmou o ocorrido e reforçou a necessidade de uso contínuo de máscaras, higienização constante das mãos e o uso de álcool em gel. Segundo a pasta, o governo federal está em busca de “uma vacina confiável, segura e aprovada pela Anvisa, para que todos os brasileiros que desejarem possam ser imunizados”.
No último dia 9, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde recebeu um relatório do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo da Fiocruz/RJ – Laboratório de Referência Nacional para a Covid-19 no Brasil, – contendo os resultados laboratoriais de duas amostras clínicas de um caso suspeito de reinfecção da doença pelo coronavírus.
Conforme critérios estabelecidos na Nota Técnica Nº 52/2020-CGPNI/DEIDT/SVS/MS, esses resultados laboratoriais permitem confirmar o primeiro caso de reinfecção no Brasil.
O caso é de uma profissional da área da saúde, 37 anos, que reside em Natal/RN. Ela teve a doença em junho, se curou, e teve resultado positivo novamente em outubro – 116 dias depois do primeiro diagnóstico. As análises realizadas permitem confirmar a reinfecção pelo vírus SARS-CoV-2, após sequenciamento do genoma completo viral que identificou duas linhagens distintas.
As duas amostras foram enviadas ao Laboratório, onde houve a confirmação dos resultados via metodologia de RT-PCR em tempo real. No intervalo entre as duas amostras, foi realizada uma coleta em 8 de setembro de 2020, que apresentou resultado não detectável pela metodologia RT-PCR em tempo real, realizado no Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A amostra não detectável não foi encaminhada ao Laboratório de Referência Nacional.
Esse resultado foi fruto de um trabalho integrado entre vigilância epidemiológica e laboratorial das três esferas do governo, Universidades, Laboratórios Centrais de Saúde Pública e Laboratório de Referência Nacional.
O Ministério da Saúde alerta que o caso reforça a necessidade da adoção do uso contínuo de máscaras, higienização constante das mãos e o uso de álcool em gel. O Governo Federal está buscando o mais rápido possível a vacina confiável, segura e aprovada pela Anvisa, para que todos os brasileiros que desejarem possam ser imunizados.