Não foi porque estava diante de um novato na Superliga masculina de vôlei que o Sada Cruzeiro teria vida fácil neste domingo, pela 8ª rodada do returno. O Azulim Gabarito Uberlândia já tinha incomodado o ‘campeão de tudo’ anteriormente e voltou a dar trabalho em jogo realizado no Sabiazinho.

A vitória da Raposa veio por 3 a 1 (26/24, 25/22, 16/25 e 25/23), mas com parciais apertadas, contra um adversário que valorizou o triunfo e que já foi muito além de garantir a permanência na elite. Esta foi a 18ª vitória seguida da equipe mineira, recém-coroada hexacampeã da Copa Brasil. O líbero Lukinha foi eleito o melhor jogador em quadra.

“Tivemos que manter a calma, o time deles é chato de jogar, exige paciência. Às vezes, dá um desespero de ver que a bola não cai, tivemos que usar da nossa experiência para chegar a esta vitória. Foi um triunfo importante e agora temos uma tabela apertada com três jogos em 10 dias”, comenta Lukinha.

O Cruzeiro abre, agora, sete pontos de vantagem para o vice-líder EMS Taubaté Funvic (SP) faltando apenas quatro rodadas para o fim da fase de classificação. Na próxima quarta-feira, a Raposa recebe o Montes Claros América, às 19h, no ginásio do Riacho, em Contagem.

O Uberlândia segue com boa campanha, marcando presença no G-8 desde as primeiras rodadas, sendo premiado pelas defesas e volume de jogo. As duas características voltaram a estar muito presentes neste domingo, testando a paciência do time do técnico Marcelo Mendez. Na virada de bola, o ponta Arhur Nath esteve em grande noite, com alto aproveitamento ofensivo.

Mas o time do Triângulo, apesar de bem postado taticamente, parou nos próprios erros para sair de quadra sem somar pontos e caindo para a oitava posição. Menos mal que a distância para o nono colocado Vedacit Guarulhos (SP) é de seis pontos, uma folga considerável e que deixa as quartas de final como um objetivo perto de ser cumprido.

O Sada Cruzeiro preservou o ponta Conte e o central Otávio devido à sequência de jogos nas últimas semanas. Rodriguinho e Cledenílson deram conta do recado, fazendo o time manter o bom nível de jogo. Apesar de não atuar em seu limite máximo, falhando em muitos ataques, o Sada Cruzeiro compensou no bloqueio e no saque.

O cubano López não teve a mesma atuação das últimas semanas e Cachopa variou bem as jogadas para deixar suas opções de ataque em boas condições de finalizar. Os centrais funcionaram bem melhor que as extremidades.

Nos dois primeiros sets, a troca de pontos foi constante, do início ao fim, com a vitória nas parciais podendo ir para qualquer um dos lados. No primeiro set, o Uberlândia chegou a abrir 20 a 16 na reta final, tendo uma chance que poucos têm. O time da casa não soube aproveitar a oportunidade e tomou a virada para sofrer o castigo em boa passagem de Alan pelo saque.

Na etapa seguinte, o placar não contou com vantagem superior a dois pontos. Neste set, o ponta Filipe, que teve poucos minutos de quadra na temporada teve chance de atuar por mais tempo, substituindo Rodriguinho. Foi, novamente, contando com erros do Uberlândia, que o Cruzeiro confirmou o 2 a 0.

O Uberlândia se manteve vivo ao vencer o terceiro set, sem permitir altos e baixos, conseguindo ficar na frente na maior parte da etapa. O 17 a 12 mostrou a superioridade em quadra contra um favorito que não contava com a mesma energia de outros momentos. O Cruzeiro não tinha eficiência na virada de bola e foi forçado a jogar mais um set, no mínimo.

Foi com a presença do central Otávio em quadra que o Cruzeiro buscou os três pontos na quarta parcial. O Uberlândia seguiu sendo uma ‘parada torta’, sem dar chance para os celestes se sentirem confortáveis. O ‘lá e cá’ seguiu firme e forte, testando a paciência e qualidade da Raposa. Na reta final do set, o Uberlândia esbarrou em novos pontos de graça para fazer o Cruzeiro ficar perto da vitória, que veio na sequência.

O Tempo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *