Nesta manhã nós falamos ao vivo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Uberlândia (Sinttrurb), Marcio Dúlio no Programa Chumbo Grosso. Ele denunciou uma série de irregularidades das empresas dos ônibus com os funcionários, o que teria gerado um movimento grevista, previsto para acontecer na semana que vem.

Segundo ele, as empresas soltaram comunicado na última sexta-feira, avisando que enquanto não for fechada a nova negociação, todos os direitos garantidos por meio de convenção coletiva não seriam cumpridos pelas empresas. Entre os direitos estão plano de saúde, odontológico, cesta, ticket alimentação, vale, o adiantamento salarial, etc.
Márcio Dúlio afirma que as empresas estão recebendo subsídios da Prefeitura, num total de R$ 30 milhões, e por isso não estão preocupadas, porque “rodando ou não, estão recebendo subsídios da prefeitura”, disse. Para ele não se justifica fechar os terminais de ônibus às 19h, já que tem gerado mais aglomeração nos ônibus.
Nota

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Triângulo Mineiro (Sindett) e empresas de transporte urbano de Uberlândia trabalham para o bom funcionamento do transporte coletivo na cidade com todo cuidado necessário nesse momento de pandemia ocasionada pelo Covid-19.

As empresas informam que, no comparativo com o período antes da pandemia, estão cumprindo 80% das viagens com apenas 50% dos passageiros, acumulando prejuízo inigualável ao sistema. Os recursos repassados pela Prefeitura, que é responsável pela manutenção do serviço para a sociedade, foram realizados como um acordo judicial homologado por 3 desembargadores com o objetivo de REPOR O PREJUÍZO MENSAL que, no entanto, foi REPASSADO SOMENTE ATÉ A COMPETÊNCIA AGOSTO. As empresas, desde então, seguem arcando com os custos do sistema, assumindo as despesas com sanitização, aumento do valor em produtos e no diesel, e acumulando ainda mais prejuízos.

Com relação à alegação passada pelo Sindicato dos Trabalhadores, as empresas reforçam que NÃO realizaram cortes nos benefícios. E que, com a AUSÊNCIA DE UMA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO VIGENTE, as empresas teriam que se restringir a cumprir as regras da legislação vigente. Ainda assim, permanecem pagando o plano de saúde para colaboradores e dependentes, em solidariedade à situação da pandemia. A renovação da Convenção, que deveria estar aprovada, está atrasada pelo Sindicato dos Trabalhadores. Sindicato este que sugeriu um ACORDO SINDICAL COM VALORES IMPRATICÁVEIS, solicitando REAJUSTES QUE CHEGAM A 30%.

Ainda reforça que os veículos estão passando por sanitização diária na garagem e durantes as paradas técnicas para minimizar a disseminação da doença. E que a Prefeitura tem dado suporte na organização das linhas e sinalização nos pontos de embarque para minimizar as aglomerações.

Nesse momento crítico, as empresas contam com a conscientização dos colaboradores e da população para manter o serviço, bem com o USO CORRETO do transporte público. Desta forma, é importante que os clientes, quando possível, se organizem para evitar o horário de pico, considerando que a maior parte das viagens são realizadas com ÔNIBUS VAZIOS.

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