Nas fazendas localizadas em Araguari, Uberlândia, Monte Carmelo e Tupaciguara os turistas vivenciam um dia de campo

Descansar, conhecer o dia a dia da fazenda, presenciar a fabricação do queijo Minas Artesanal e ainda saboreá-lo são algumas das experiências que os turistas vivenciam ao percorrer a Rota do Queijo Minas Artesanal do Triângulo Mineiro.

As fazendas que fazem parte do projeto, que foi lançado no final de setembro, estão localizadas nos municípios de Araguari, Tupaciguara, Monte Carmelo e Uberlândia. Além da produção da iguaria, elas têm como características em comum a hospitalidade, o sabor inigualável dos queijos, a tradição no meio rural e a produção familiar.

A produtora Inêz Gomes Rosa Borges é um exemplo. Neta e filha de produtores rurais sempre viu os antepassados trabalharem na produção de queijo e, para dar continuidade a tradição, inaugurou a queijaria Gomes, em Uberlândia, em 2012.

A produtora é responsável pela ordenha do rebanho e a fabricação dos queijos Minas Frescal e o Minas Artesanal, que são produzidos em queijarias separadas. O marido, Robson Gomes, cuida do rebanho e da comercialização dos queijos. Enquanto os filhos, apoiam na divulgação pelas redes sociais e na lida com o gado.

Na Fazenda Rio das Pedras, a produtora recebe os turistas com um café da manhã, com quitutes típicos do estado, que ela mesma produz.

Em Araguari, Dário Peixoto de Oliveira e a família também recepcionam os visitantes com um café da manhã. Em seguida, eles acompanham a esposa de Dário, Sandra Oliveira, para presenciar a fabricação do queijo Minas Artesanal na queijaria Oliveira. Para os produtores, a iniciativa é uma oportunidade de crescimento. “Vai ajudar a divulgar mais a região, o turista vai poder conhecer mais sobre o dia a dia na roça e além disso aumentar nossas vendas”, afirma o produtor.

E a família já conseguiu um novo mercado. Fecharam uma parceria para o fornecimento da cachaça e do queijo para uma estância, que também fica no município de Araguari.

Para quem gosta de uma boa harmonização de queijos, visitar a Fazenda Boa Aprazível, em Uberlândia, é uma ótima opção. A produtora Walkiria Naves e a família oferecem uma mesa com os quatro queijos que produzem no local. Além da harmonização da iguaria, os turistas têm a opção de conhecer mais sobre a propriedade por meio da visita aos seringais e da rotina de cuidados com o gado da raça Jersey.

E quem é amante de queijos, mas têm intolerância à beta caseína A1, a opção é visitar a queijaria Realeza do Triângulo, da produtora Elimar Cândida. Na Fazenda Lagoa, em Tupaciguara, o queijo Minas Artesanal e também o doce de leite são fabricados com leite A2A2.

Elimar Cândida também produz doces com frutas que colhe no pomar e o turista que for à propriedade também têm essa oportunidade. “Ao vir visitar a fazenda, o turista será recepcionado com um almoço feito no fogão a lenha, ir até o pomar para colher uma fruta, tomar uma garapa”, conta.

Reconhecimento

O Triângulo Mineiro foi caracterizado e reconhecido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) como região produtora de Queijo Minas Artesanal, em 2014. A extensionista de bem-estar social da Emater Áurea Maria dos Santos descreve as características da iguaria com cor amarelo-ouro, massa compacta, bem lisa, macia e de sabor suave.

Desde o reconhecimento, a Emater-MG tem intensificado ações para resgatar, divulgar e valorizar essa tradição mineira. A Rota do Queijo é resultado do trabalho com as famílias produtoras e a Associação de Produtores de Queijo Minas Artesanal do Triângulo (AQMATRI). “O objetivo é gerar renda e agregar valor ao produto, além de proporcionar ao visitante a oportunidade de acompanhar o processo de fabricação, como também de saborear essa iguaria mineira”, explica a extensionista de bem-estar social Patrícia Freitas.

Os visitantes aprovam a iniciativa. Para o aposentado Sérgio Rodrigues Alves, esta ação alia o turismo rural com a gastronomia “dando oportunidade de conhecer o processo de fabricação de queijo, o dia a dia do produtor rural e valorizar ainda mais o trabalho dessas famílias”, concluiu.

Para visitar as fazendas é necessário agendar. Informações sobre a Rota pelo Instagram, no perfil @rotadoqueijoartesanal.

Assessoria de Comunicação – Emater-MG

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