Doença é transmitida pelo ar e pode resultar em casos graves entre crianças de até dois anos
Coriza, tosse, febre e mal-estar. Esses são sintomas que podem indicar apenas um resfriado, mas também a infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR), alerta a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A doença, responsável por dificultar a chegada de oxigênio aos pulmões, é disseminada principalmente entre os meses de outono e inverno, sobretudo em crianças de até dois anos de idade.
Segundo a fundação, o VSR pode ser transmitido pelo ar, por toque e por objetivos contaminados, sendo responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias infantis. Para prevenção, são recomendadas medidas similares à de outras infecções virais, como da covid-19: higienização das mãos, uso de máscara e evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas.
Na maioria dos casos, a doença apresenta sintomas leves, que variam entre sete e 12 dias. O tratamento é feito em casa por meio de medidas gerais de suporte, como antitérmicos em caso de febre, e medidas para desobstrução nasal, como inalações com soro e a lavagem nasal. Em alguns casos, podem estar indicados broncodilatadores e nebulização com salina hipertônica.
“Quando os sintomas evoluem para o chiado no peito (sibilância) e esforço respiratório, a criança deve ser rapidamente levada ao pronto atendimento pediátrico para avaliação médica. O quadro pode ou não evoluir para uma insuficiência respiratória, podendo ser necessário internação hospitalar e uso de oxigênio por meio de ventilação não invasiva ou invasiva”, informa a imunologista Flavia de Carvalho.
Mesmo não havendo imunizante contra o vírus, ela alerta para que os familiares mantenham o calendário vacinal das crianças em dia para evitar a transmissão de doenças imunopreveníveis. “É preciso vacinar contra a gripe, os bebês a partir dos 6 meses, já que o vírus influenza é outra causa de infecção pulmonar potencialmente grave.”