Medida é parceria com secretarias de São Paulo e do Rio de Janeiro

Após os recentes casos de assaltos envolvendo falsos entregadores, o IFood, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e a Secretaria de Estado da Polícia Militar do Rio de Janeiro chegaram um acordo para o desenvolvimento de uma tecnologia para diferenciar os entregadores cadastrados no aplicativo de entrega, dos falsos, principalmente em abordagens durante operações policiais. O anúncio aconteceu na manhã desta 4ª feira (17.ago), pelo site do aplicativo de entregas.

A ideia é facilitar o serviço da Polícia Militar para diferenciar rapidamente o trabalhador do criminoso. Segundo a nota do aplicativo, a ideia não é compartilhar dados, mas um cadastro que permite a diferenciação. O acordo está ativo na capital paulista e deve começar a valer nos próximos dias no Rio de Janeiro. A ideia esta sendo negociada para outros estados.

“O iFood está comprometido com os entregadores reais, com a sociedade e com as autoridades para construir um ambiente cada vez mais seguro para todos. O iFood é favorável ao uso da tecnologia no cenário da segurança pública, pois desburocratiza o processo e traz uma solução viável e completamente atualizada para confirmar parceiros e/ou afastar qualquer pessoa que tenha má intenção em se passar por um trabalhador sério”, disse João Sabino, diretor de políticas públicas do iFood.

Questionamos a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo a respeito e ainda não obtivemos resposta.

Relembre outros casos

Em abril deste ano, Renan Silva Loureiro foi morto a noite quando deixava a namorada em casa, o assassino, Axcel Gabriel de Holanda, de 23 anos, conhecido como Biel, estava usando uma bolsa térmica, tradicionalmente ligada a entregadores de aplicativo. Após matar a vítima, Axcel retornou ao local do crime para roubar o celular da companheira de Renan. O atirador tem 10 passagens na Polícia por roubo, receptação, desobediência e porte ilegal de arma, além de já ter ficado internado na Fundação Casa.

Ele foi preso dias depois e afirmou que cometeu o crime, pois estava devendo para uma pessoa: “Eu estava devendo uma pessoa. O meu carro estava com o documento atrasado, estava com R$ 9 mil. Eu tinha R$ 2,5 mil em casa e eu peguei um dinheiro com agiota. Só que eu peguei o dinheiro, gastei um pouco, e ele ficou me cobrando. Eu fiz umas parcelas para ele com certo tanto, eu não consegui pagar, isso estava na minha cabeça, eu saí desesperado. Tipo assim ele, tudo bem… eu saí, eu fui tentar arrumar algum dinheiro de alguma forma”.

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