Transferência foi feita há sete meses por empresa de criptomoedas, que quer tudo de volta
Uma mulher que teve a conta hackeada em uma plataforma de investimentos recebeu US$ 7,2 milhões (equivalente a R$ 37,1 milhões) por engano.
A confusão começou quando ela identificou uma cobrança indevida e pediu o reembolso. Eram US$ 68 (R$ 350). Não demorou muito e ela recebeu uma transferência. Mas não apenas do valor que pediu, e, sim, a cifra milionária.
Dessa vez, decidiu não reclamar. Muito, mas muito pelo contrário. Comprou uma mansão onde mora, em Victoria, na Austrália. Quase 540 metros quadrados com quatro quartos, quatro banheiros, cinema, sala de jogos, clínica com equipamentos de procedimentos estéticos, piscina, jacuzzi e mais.
O luxo durou sete meses. Até que a Crypto.com — a plataforma de investimentos –, enfim, percebeu o prejuízo milionário efetuado por engano. Ela, que não teve a identidade revelada, teve o número da conta registrada por engano duplamente. Em nome dela mesma e de outro cliente, um milionário.
A instituição financeira abriu uma ação na Suprema Corte. Conseguiu o congelamento da conta da mulher no Commonwealth Bank. Mas ela já havia transferido grandes quantias para outras sete contas, entre parentes, o namorado e amigos. A empresa expandiu as acusações para todos, que tiveram as contas bloqueadas. Em outra audiência, o juizado pediu a venda do imóvel. De acordo com agências internacionais, será difícil os réus provarem inocência desse “erro que os outros cometeram”.