Principal desafio do setor é encontrar mão de obra qualificada

De comerciante a instrutor de drone. Há dois anos, Luiz se dedica a ensinar o que aprendeu. No canavial onde ele trabalha, em Piracicaba, no Interior de São Paulo, o equipamento se tornou indispensável.

“Temos serviço quase que diariamente. O que tem de jovem entrando, é uma coisa muito boa! Muita gente mesmo!”, observa o instrutor de drone Luiz Fernando Escobar.

A área sobrevoada pelas máquinas de última geração pertencem à segunda maior empresa distribuidora de combustíveis do país.

“O drone traz a possibilidade de você conseguir tomar alguma ação de maneira bastante precisa e pontual, em um local específico. Noas tecnologias já estão presentes no nosso dia a dia; a gente é bombardeado positivamente com tudo que vem, que aparece de facilidades dentro do nosso celular, principalmente, para nossa vida ficar melhor; e a mesma coisa vale para o campo”, argumenta o vice-presidente de Serviços a Negócios e Tecnologia da Raízen, Fabio Mota.

O agronegócio emprega hoje 10 milhões de brasileiros. Em 10 anos, esse número vai quase dobrar, chegando a 18,8 milhões de trabalhadores. E neste meio tempo, novas carreiras ligadas à digitalização do campo já estão no horizonte.

Mas, as novas oportunidades vão além das fazendas e plantações. Muitos profissionais estarão trabalhando em centrais de monitoramento, em frente ao computador, conectados à internet. É o agronegócio cada vez mais tecnológico.

Um estudo prevê que, nos próximos 2 anos, 178 mil novas vagas serão abertas para profissionais especializados, como operador de drones e técnico em agricultura digital.

Contudo, estima-se que mais de 80% dessas vagas não serão preenchidas, ainda por falta de qualificação profissional. Para o professor e diretor da NEO-UFRGS, que participou do levantamento, a agricultura é o que alimenta o futuro do Brasil.

“O Brasil tem sido uma referência do agronegócio mundial, então, os profissionais que existem no mercado são muito qualificados, mas existe sim a necessidade de mais quantidade de profissionais qualificados, uma vez que o agro se torna cada vez mais dependente de tecnologias”, explica o especialista Alejandro G. Frank.

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