Aline Santos e Gabriel Hyppolito vão responder por homicídio qualificado. Caso foi registrado em Itapevi (SP)

Um casal suspeito de ter matado o filho de três meses porque ele “chorava muito” foi preso pela Polícia Civil neste sábado (8.abr), em Itapevi, na Grande São Paulo.

Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada pela médica que atendeu a criança no Pronto-Socorro Amador Bueno. A profissional desconfiou da versão dada pela mãe de que a criança teria morrido após se engasgar com o leito materno. Isso porque, o bebê, segundo o guia de encaminhamento assinado pela doutora, “chegou com ambos os membros cianóticos (braços e pernas) roxos, rígidos e apresentando “lívido reticular” em todo o corpo, além de escoriação e hematomas e assaduras não tratadas”, sendo constatado o óbito pouco tempo depois da entrada da vítima na unidade hospitalar.

Diante dos fatos, o caso foi registrado como morte suspeita pela Delegacia de Itapevi, que solicitou perícia na casa em que a vítima morava e exame necroscópico.

A prisão dos pais, identificados como Aline Nascimento Santos, de 24 anos, e Gabriel de Sousa Hyppolito, de 23 anos, foi solicitada após o exame necroscópico apontar que não havia nada no estômago do bebê, nem nas vias respiratórias, o que ia de encontro a versão contada por Aline.

Conduzidos à Delegacia Central de Itapevi para prestar um novo depoimento, a mãe acabou contando uma versão bastante diferente da primeira declaração. Aos policiais, ela disse que não tinha amor pelo filho, que não o aceitava desde seu nascimento e relatou que amava mais o primeiro filho do que o bebê.

Disse ainda que criança chorava muito à noite, que havia dias que estava bastante chorosa e não conseguia entender o motivo. Então, durante a madrugada, por volta das 04h de sábado, o bebê estava chorando e, na tentativa de fazer com que o filho parasse de chorar, o enrolou em um cobertor, colocou uma chupeta na boca dele.

Em seguida, deitou a criança de bruços no carrinho, impossibilitando-a de respirar. A mãe contou também que a criança parou de chorar, ficou em silêncio, mas que ainda a ouvia respirar. Foi dormir e só acordou, por volta de 6h da manhã, quando o marido acordou para trabalhar e viu que o filho não estava respirando.

O casal vai ficar preso temporariamente por 30 dias e pode responder por homicídio qualificado por meio que impossibilitou a defesa da vítima.