Responsável pela Operação Penalidade Máxima, do MP de Goiás, foi ouvido na audiência desta 3ª feira

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura esquemas de manipulação de resultados em partidas de futebol profissional no Brasil, se reuniu novamente nesta 3ª feira (30.mai), às 14h30. O primeiro a depor foi o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo.

Foi ele que identificou um caso de tentativa de fraude dentro do time, em novembro de 2022, e procurou as autoridades. A denúncia serviu como ponto de partida para a investigação acerca das apostas.

A respeito disso, Bravo afirmou que “se isso não acontecesse, nos próximos três, quatro anos, o futebol estaria completamente contaminado. Isso porque fica muito claro que os atletas que até então eram aliciados, eles se tornavam aliciadores. Estava se criando um ciclo vicioso que iria comprometer sobremaneira o futebol brasileiro.”

Foram ouvidos também o Procurador-Geral de Justiça de Goiás, Cyro Terra Peres, e Fernando Cesconetto,  promotor responsável pela operação Penalidade Máxima, conduzida pelo ministério público do estado. Cesconetto revelou que há indicativos de manipulação em outros campeonatos estaduais deste ano, além do paulista e do gaúcho, e de mais partidas sob suspeita no brasileirão do ano passado.

“Analisar o farto material que nós pegamos, principalmente de equipamentos eletrônicos que não terminamos as análises ainda, mas prosseguimos realizando interrogatórios e já identificamos outras possíveis fraudes em jogos da série A de 2022”, declarou o promotor.