Popularmente conhecida como Nelore Pintado, a raça participa pela primeira vez da feira realizada pelo Sindicato Rural de Uberlândia
A cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, será palco de um dos mais prestigiados eventos da pecuária brasileira: a Exposição Ranqueada do Nelore Pelagens de Uberlândia – 2024. Integrando o Circuito de Exposições do Ranking Nacional Nelore 2023/2024, promovido pela Associação Mineira dias Criadores de Nelore – AMCN e a Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) e a Inovart Agro Eventos, o evento ocorrerá durante a tradicional Exposição Agropecuária de Uberlândia – Camaru 60 Anos, entre os dias 26 de agosto e 06 de setembro de 2024.
Com 200 argolas disponíveis, criadores de todo o país estão convidados a participar deste evento que será julgado por Luiz Renato Tiveron, em modalidade de jurado único.
O evento conta com uma programação intensa, incluindo:
Entrada dos animais a partir de 27 de agosto de 2024;
Data-Base (Pesagem e Diagnóstico de Gestação): 03 de setembro de 2024;
Julgamentos: nos dias 04 e 05 de setembro de 2024;
Saída dos animais: 07 de setembro de 2024.
As inscrições já estão abertas desde o dia 15 de julho de 2024, e os interessados têm até o dia 02 de setembro de 2024 para garantir a sua participação. O evento promete reunir o melhor da genética do Nelore de pelagens, uma variedade valorizada pela beleza e robustez dos animais. Esta é uma oportunidade única para os pecuaristas mostrarem a qualidade de seus rebanhos e fortalecerem suas posições no ranking nacional.
Sobre a criação do Nelore Pintado de acordo com informações da ABCZ e EMBRAPA:
Estudos preliminares realizados pela Embrapa Pantanal em 2009 apontam que a variedade pode apresentar qualidades valiosas em relação à tradicional, como rusticidade, precocidade e qualidade da carne.
No entanto, dados precisos ainda não foram confirmados, uma vez que o plantel ainda é muito pequeno para conclusões definitivas, segundo pesquisas da Embrapa. De acordo com informações da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu), é possível inferir que a raça nelore representa 80% da força produtiva da indústria na carne do país.
O animal é o equivalente brasileiro ao Ongole Indiano, que também pertence à raça zebuína. No Brasil, o animal branco foi introduzido e rapidamente se popularizou devido à sua boa adaptação ao clima e resistência a pragas como o carrapato – grande inimigo dos rebanhos taurinos.
No entanto, entre os Ongole, não é difícil encontrar animais manchados ou inteiramente vermelhos.
Em seu levantamento histórico, a Embrapa aponta que o primeiro nelore vermelho do Brasil veio ao país por acaso. Em 1906 foi importada uma novilha branca da Índia chamada Iraci. O animal estava fecundado e deu cria a uma bezerra vermelha que recebeu o nome de Itabira.
Com o tempo, percebeu-se que ao cruzar Itabira com nelores brancos tradicionais alguns bezerros continuavam nascendo com pelagem vermelha até a idade adulta. O que mostra que existe um gene recessivo no nelore, que pode originar um animal com variação de pelagem. Uma característica que poderia ser refinada e selecionada para as próximas gerações.