A Delegacia do Consumidor (Decon) da Polícia Civil do Rio de Janeiro ainda tentar esclarecer os culpados pelos erros do laboratório que está sendo investigado
A Delegacia do Consumidor (Decon) da Polícia Civil do Rio de Janeiro ainda tentar esclarecer os culpados pelos erros nos exames realizados no PCS Lab Saleme, laboratório que está sendo investigado por emitir exames falsos de HIV, contaminando seis pacientes transplantados.
Os quatro mandados de prisão expedidos pela Justiça contra possíveis responsáveis pela emissão dos laudos foram cumpridos pela polícia ao longo desta semana. O último mandado foi cumprido nessa quarta-feira (16), contra o biólogo Cleber de Oliveira dos Santos. Cléber, que estava de férias no Nordeste, foi preso quando desembarcava no Aeroporto Internacional do Galeão, na Zona Norte do Rio. De lá, ele foi levado à Cidade da Polícia, também na Zona Norte, onde prestou depoimento por cerca de duas horas.
Investigado por fazer a análise clínica no material que chegava da Central Estadual de Transplantes do Rio, Cléber negou envolvimento no caso. A defesa do biólogo disse à polícia que ele não era funcionário do laboratório na época dos exames e que ele prestou serviço para o laboratório por um curto período.
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A técnica do laboratório Jacqueline Iris Bacellar de Assis, que tinha sua assinatura no laudo de um dos doadores com falso negativo, foi presa na terça-feira (15), após se entregar. Na segunda-feira (14), dia em que foi deflagrada a operação para prender os envolvidos no caso, foram presos o ginecologista, Walter Vieira, sócio majoritário do laboratório e Ivanilson Fernandes dos Santos, técnico do laboratório responsável por análise clínica no material que vinha da Central Estadual de Transplantes.
Além da Polícia Civil, o caso segue sendo investigado pelo Ministério Público, Ministério da Saúde e Polícia Federal.
Por conta do erro, que resultou em seis pacientes infectados com HIV após transplantes de órgãos, o Ministério da Saúde solicitou a interdição do laboratório PCS Saleme. O local foi descredenciado pelo Governo do Estado e o Ministério Público do Rio recomendou que todos os testes para transplantes no estado sejam feitos exclusivamente pelo Hemorio.
Itatiaia