Segundo dados do Portal de Análise de Dados Suricato, do TCEMG (Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais), as prefeituras mineiras gastaram quase R$ 940 milhões na contratação de shows musicais ao longo dos últimos cinco anos. Nesse período, foram quase 7 mil apresentações artísticas.
O levantamento foi realizado pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) e foi divulgado nesta quarta (27 de novembro).
A cidade de Itabirito, na região Central, é a cidade mineira que mais gastou recursos públicos para financiar apresentações musicais nos últimos cinco anos. Em segundo lugar vem Ituiutaba.
Veja o ranking das 15 cidades que mais gastaram com shows entre 2020 e 2024
- Itabirito – R$11,3 milhões
- Ituiutaba – R$ 10,8 milhões
- Barbacena – R$ 9,7 milhões
- Nova Lima – R$ 9,7 milhões
- Itabira – R$ 7,5 milhões
- Pirapora – R$ 6,7 milhões
- Extrema – R$ 6,5 milhões
- Buritizeiro – R$ 6,2 milhões
- Itatiaiuçu – R$ 6,2 milhões
- Ouro Preto – R$ 5,7 milhões
- Curvelo – R$ 5,6 milhões
- Capelinha – R$ 5,3 milhões
- Brumadinho – R$ 5,3 milhões
- Guanhães – R$ 4,9 milhões
- São Vicente de Minas – R$ 4,8 milhões
Artistas
O cantos Eduardo Costa recebeu nos últimos 5 anos , R$ 19.142.701, para realizar shows em 65 municípios mineiros. Apenas em 2024, ano de eleição, Eduardo Costa recebeu R$ 9,6 milhões.
Veja a lista dos 10 artistas que mais receberam recursos nos últimos cinco anos
- Eduardo Costa: R$ 19.142.701, em 65 municípios
- Leonardo: R$ 16.473,947, em 39 municípios
- Fernando e Sorocaba: R$ 16.034.240, em 65 municípios
- César Menotti e Fabiano: R$ 15.376.432, em 63 municípios
- Barões da Pisadinha: R$ 14.622.340, em 48 municípios
- Gino e Geno: R$ 14.360.950, em 84 municípios
- Amado Batista: R$ 13.434.900, em 58 municípios
- Diego e Victor Hugo: R$ 12.609.850, em 61 municípios
- Clayton e Romário: R$ 11.774.650, em 67 municípios
- Felipe Araújo: R$ 11.453.412, em 58 municípios
Risco de punição
A Corregedoria do Tribunal de Contas de Minas Gerais e a Procuradoria-Geral da República do Ministério de Contas Públicas publicaram em 2022 uma recomendação conjunta aos prefeitos dos municípios mineiros informando-os que o financiamento de eventos festivos e a contratação de grupos artísticos e shows que utilizem recursos “vultuosos” do erário público pode constituir despesa ilegal, colocando em risco os resultados da gestão pública e a regularidade das contas da administração.
Uberlândia dá exemplo
Uberlândia dá exemplo e fica entre as 70 cidades que menos gastam dinheiro público com shows (Minas Gerais possui 853 municípios). Nos últimos 5 anos o munícipio gastou apenas R$ 180.000,00 em contratações de artistas.