A Justiça condenou a ex-vereadora de Uberlândia, Pâmela Volp, a 14 anos, seis meses e 28 dias de prisão em regime fechado por envolvimento em uma rede interestadual de exploração sexual de travestis e mulheres trans. Ela foi apontada como líder do núcleo da organização criminosa que atuava na cidade e foi alvo da Operação Libertas, deflagrada em 2021 pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

A sentença da 1ª Vara Criminal de Uberlândia, proferida em 17 de julho, reconheceu a participação da ex-parlamentar nos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e rufianismo (exploração da prostituição alheia), com imposição de multa e perda de bens adquiridos por meio do esquema. A decisão também estabelece o pagamento de indenização de R$ 20 mil por danos morais a cada vítima.

Outras duas rés também foram condenadas: uma, responsável pelo núcleo em Criciúma (SC), recebeu pena de 21 anos, 10 meses e 18 dias por organização criminosa, lavagem de dinheiro, rufianismo e tentativa de obstrução de investigação. A terceira mulher, também envolvida no esquema, foi sentenciada a 14 anos, nove meses e 29 dias de prisão, além de multa.

O processo teve início com a denúncia do MPMG, aceita pela Justiça em agosto de 2023, quando as acusadas já estavam presas preventivamente. A decisão ainda cabe recurso, mas as penas deverão ser cumpridas inicialmente em regime fechado. Além das condenações, houve o confisco de imóveis e veículos relacionados às atividades ilegais.

Outros envolvidos na operação também foram julgados e já cumprem penas que variam entre sete e mais de vinte anos de reclusão, em desdobramentos da mesma investigação conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).