O bairro Santa Mônica, um dos mais antigos de Uberlândia, registra um aumento na criminalidade, incluindo roubos a pedestres, furtos em residências e desordem urbana, especialmente durante o final de semana. Moradores manifestam preocupação com a segurança e solicitam ações das autoridades locais em conjunto com a comunidade.
O Santa Mônica aparece em levantamentos da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais entre os focos de roubos a pedestres da cidade. Entre 2024 e 2025, foram registradas 466 ocorrências de roubos a pedestres em Uberlândia. Em 2023, o número foi de 387. O Santa Mônica registrou 83 casos no período 2024/2025, o maior número entre os bairros da cidade. O bairro também registra alta incidência de furtos a residências e de fiação.
Em 2025, o Santa Mônica acumulou 53 substituições de hidrômetros devido a furtos, o maior registro entre os bairros de Uberlândia. Um levantamento indica que o bairro registrou 332 casos de roubos a veículos.
O fluxo de pessoas no bairro, impulsionado por ser uma região com universidades e estabelecimentos comerciais, está associado ao aumento da criminalidade em certos períodos, principalmente no final da noite e no início da madrugada. Este período foi relatado por estudantes e moradores como de maior periculosidade, devido à saída de frequentadores de bares. Além disso, foi apurado que as ações criminosas se concentram em ambientes comerciais nas avenidas Belarmino Cotta Pacheco e Segismundo Pereira.
Moradores relatam dificuldades e insegurança, especialmente à noite, e afirmam que a população tem pagado um preço alto pela segurança social. As principais queixas incluem perturbação do sossego e roubos. Os moradores do bairro solicitam aumento da segurança para visitantes e, principalmente, para os residentes, assim como a maior fiscalização em locais com denúncias de uso e tráfico de drogas.
Festas ao ar livre com som automotivo se tornaram frequentes nas noites de sexta e sábado, e esta situação gera sensação de desordem para quem tem sua vida fixada no bairro Santa Mônica. As vias públicas muitas vezes amanhecem com garrafas e sacos de lixos descartados irregularmente, assim como carros estacionados em locais proibidos. Esta desordem favorece ações de criminosos oportunistas, e os moradores relatam dificuldade de descanso devido ao volume alto do som e à presença de moradores de rua que mexem no lixo de prédios e casas.
As denúncias e queixas são encaminhadas ao Legislativo e à Polícia Militar. O trabalho da 170ª Companhia, subordinada ao 17º Batalhão, é reconhecido por ter reduzido os crimes contra a pessoa e o patrimônio nas estatísticas deste ano.
Representantes do 17º Batalhão foram reunidos para tratar do tema. É reforçado o conceito de que a segurança é dever do Estado e obrigação de todos. A população deve ocupar os espaços públicos, exigindo seus direitos, para evitar que infratores ocupem o espaço e gerem transtornos.
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