O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou recurso da defesa e manteve a prisão preventiva da médica Cláudia Soares Alves, investigada por planejar o assassinato de Renata Bocatto Derani, ocorrido em Uberlândia em novembro de 2020. A decisão liminar do desembargador destacou a gravidade do crime, o risco de fuga e a possibilidade de ocultação de provas, rejeitando o pedido de medidas alternativas, como a prisão domiciliar.

Nesta quarta-feira (10), a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso. De acordo com as investigações, Cláudia teria planejado o homicídio com o auxílio de um vizinho, apontado como o executor do crime.

A vítima, Renata, de 38 anos, foi morta a tiros ao chegar para trabalhar em uma farmácia no bairro Presidente Roosevelt, em novembro de 2020. Câmeras de segurança registraram o atirador se aproximando e disparando várias vezes.

A principal linha de investigação aponta que a médica teria planejado o assassinato para ficar com a filha da vítima, que hoje tem nove anos. Na casa de Cláudia, a polícia encontrou um quarto infantil montado, incluindo uma bebê reborn. Além de planejar o crime, a médica é suspeita de fornecer apoio logístico à execução, destruir provas e falsificar um prontuário médico para criar um álibi.

Cláudia e o vizinho foram presos em novembro deste ano, na cidade de Itumbiara, em Goiás. Com a apresentação de novas provas, a Justiça converteu a prisão temporária em preventiva, que segue sem prazo definido.

A médica também é suspeita de outro crime grave: o sequestro de um bebê no Hospital de Clínicas da UFU, ocorrido em 2024. A Polícia Civil segue investigando se houve pagamento aos executores e se outros crimes atribuídos a Cláudia têm relação com o homicídio.

Dois vizinhos da médica também chegaram a ser presos temporariamente por suspeita de participação. Cláudia permanece presa na Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga e o habeas corpus ainda será julgado pela Sexta Câmara Criminal do TJMG.

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