Os moradores do bairro Santa Mônica relatam uma rotina de medo e prejuízos causados por uma dupla de criminosos que tem agido sistematicamente na região. Imagens de câmeras de segurança e flagrantes feitos por populares revelam a audácia dos suspeitos, que não se intimidam nem mesmo com os sistemas de segurança das residências.
Em um dos registros mais recentes, na Rua Antônio Marciano de Ávila, a ação de um dos homens chama a atenção: após invadir uma residência de madrugada, ele caminha pela via carregando uma escada furtada. A dupla, que utiliza uma bicicleta para se locomover e transportar os objetos subtraídos, costuma fugir em direção aos bairros Pampulha e Lagoinha. Segundo relatos, o objetivo principal dos furtos é a troca dos materiais por entorpecentes.
Para quem mora no bairro, o som do alarme disparado no meio da noite tornou-se um sinal comum e desesperador. Um dos moradores, que preferiu não se identificar, descreveu o sentimento de impotência diante da criminalidade: “A gente deita para dormir e não sabe se acorda com alguém dentro de casa. Eles batem no portão, pedem comida fora de hora e, se a gente não dá, começam a chutar o portão e fazer ameaças”, relata.
O relato evidencia que o prejuízo vai além do financeiro, pois, mesmo investindo pesado em proteção, os moradores sentem-se cada vez mais vulneráveis. A insegurança obrigou a comunidade a adotar medidas extremas, como a instalação de grades no padrão de energia para evitar o furto de fiação e reforços na entrada de água após o roubo de hidrômetros. No entanto, nem mesmo barreiras físicas como a concertina e sistemas modernos de monitoramento foram capazes de impedir a ação dos criminosos, que pularam as cercas para levar a escada e deixaram claro que os recursos atuais já não garantem mais o sossego das famílias.
A principal frustração da comunidade reside na reincidência dos crimes. De acordo com informações locais, a Polícia Militar realiza as prisões, mas os suspeitos permanecem pouco tempo sob custódia. Após serem soltos em audiências de custódia ou após curtas temporadas no presídio, retornam às mesmas ruas para cometer os mesmos delitos.
Até o momento, o setor leste da cidade segue em alerta, e os moradores clamam por um policiamento mais ostensivo e soluções definitivas para conter a onda de furtos que retira o sono e a paz de quem precisa trabalhar.
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