O Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) cumpriu, na manhã da última quinta-feira (6), novos mandados de prisão contra Policiais Civis investigados pela Operação Serendipe. Essa foi a sexta fase do processo, denominada de Operação Xeque-Mate, e que teve início no ano passado.
Foram denunciados um total de oito policiais civis, sendo 1 delegado e quatro investigadores, que no início das investigações, em agosto de 2015, estavam lotados no Departamento de Operações Especiais (DEOESP), dentro da Delegacia de Repressão aos Roubos de Cargas. Um policial estava afastado de suas funções na época dos crimes e outros dois estavam estacionados em Uberlândia, e já se encontram presos.
Na manhã de ontem, a Corregedoria de Polícia Civil cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e quatro de prisão. Dois pedidos de envolvidos em roubos e receptações não foram cumpridos, já que os alvos não foram localizados.
Além dos oito policiais civis, foram denunciadas mais quatro pessoas, que teriam envolvimento com roubo e receptação de cargas. Elas ainda não foram encontradas e continuam foragidas
“Especificamente sobre a última (fase), essa organização criminosa se ramificava por vários estados da Federação, embora sediada aqui em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, mas praticou roubos em vários estados. E no final de agosto de 2015, as ações estavam centradas na região metropolitana de Belo Horizonte, com foco em roubos de cargas de cerveja”, explicou o promotor Daniel Marotta, que também decretou o fim da Operação.
No final, a Operação Serendipe contou com a prisão preventiva de 18 policiais civis, sendo nove lotados em Uberlândia, cinco em Uberaba e quatro em Belo Horizonte. Além das prisões, também foram deflagradas mais de uma dezena de ações penais.