O frigorífico Mataboi, que faz parte do grupo JBJ, recebeu a imprensa da região para uma visita, pouco mais de um ano após um incêndio, que causou diversos prejuízos para a empresa.
Em 13 de junho de 2016, um incêndio de grandes proporções, que teria sido causado por um curto circuito, destruiu mais de 7 mil metros quadrados da Mataboi, o equivalente a 60% da estrutura do frigorífico. Duas pessoas ficaram feridas, 200 funcionários em experiência foram demitidos e o prejuízo total ficou na casa dos 70 milhões de reais.
Em um vídeo apresentado para a imprensa, a Mataboi mostrou como ficou o novo setor de desossa do frigorífico, que foi a parte mais afetada pelo incêndio. Por conta do acidente, os abates foram suspensos por dois meses, e a desossa de animais, por cinco. As atividades normais foram retomadas em dezembro de 2016.
“O incêndio do ano passado que nós tivemos foi realmente um desafio grande. Nós tivemos o retorno das operações em cinco meses, e acho que o grande desafio que nós tivemos foi manter a produção e manter os empregos no maior número que a gente conseguisse”, explicou José Augusto de Carvalho Júnior, diretor presidente da Mataboi.
Problemas com o CADE
O grupo JBJ, que é dono do frigorífico, é controlado por José Batista Júnior, irmão dos empresários Joesley e Wesley Batista, donos do grupo JBS, um dos principais nomes no mercado de carnes do Brasil.
Mas o grupo enfrentou problemas com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), pois a compra do frigorífico aconteceu em dezembro de 2014, mas ela só foi informada dois anos depois. Por conta disso, os donos receberam uma multa no valor de 664 mil reais.
O objetivo, agora, é convencer o CADE de que a compra da Mataboi não é um risco para o mercado. “O CADE, recentemente, andou mudando a postura dele, não aprovando algumas operações. No nosso caso, a gente não consegue enxergar uma razão pra não fazer aprovação (da compra do frigorífico), por conta dessa independência que existe entre empresas e por conta do tamanho da Mataboi, que não põe em risco o problema concorrencial”, disse José Augusto.
Informações no local: Vinícius Lemos