Para 2018, as escolas particulares de Uberlândia devem realizar um aumento nas mensalidades, segundo informações do Sindicato das Escolas Particulares do Triângulo Mineiro. E o principal motivo que explica esse aumento na conta é a inadimplência de muitos pais e a evasão de alunos.
Átila Rodrigues, presidente do sindicato, explicou que esses dois fatores sempre são levados em conta no momento de fixar o valor da mensalidade. Mas como esses valores estão muito altos (por exemplo, foram registrados 25% de inadimplência no último mês de setembro), algumas escolas podem ter de fazer um reajuste de até 12%, desde que seja justificado.
“Para esse ano (2018), nós vamos ter entre 6 e 8%, mas podendo chegar a 9. E em casos eventuais, até 12%, dependendo da planilha. Em 12%, a escola tem que justificar esse aumento. Às vezes, ela vai fazer uma alteração significativa no projeto pedagógico, às vezes vai fazer o investimento em uma obra pra adaptar seu espaço” explicou.
Um novo fator que também resultou no aumento do preço das mensalidades é a chamada educação exclusiva, que é voltada para alunos com dificuldades em aprendizado, que começou a entrar em vigor em 2017.
“Não podemos ter valores diferenciados pra esse aluno. Então, o custo geral é dividido, uniformemente. Temos que considerar que nosso reajuste pode ser um pouco maior em função disso”, disse Átila.
Diretora confirma reajuste
A diretora Ester de Oliveira disse que a escola em que trabalha realizará um reajuste de 7,9% na mensalidade para 2018. E que o principal motivo foi justamente a inadimplência de muitos pais.
“Esse é um dos fatores principais nos nossos planejamentos no futuro. Por que a gente tem que contar que isso pode acontecer. Infelizmente, a gente tem de colocar isso no preço da escola”, disse Ester, que também lembrou que mudanças no preço de materiais escolares e o salário de professores também precisam ser considerados.
Devido a esse aumento, as escolas já estão cientes de que podem perder seus alunos para outras que sejam mais baratas ou que façam parte da rede pública.
“Talvez as escolas vão perder alguns alunos. Não é uma coisa que a gente gostaria que acontecesse, mas é esperado também”, afirmou Ester.
Informações no local: Camila Rabelo