Uma vitória do Grêmio nesta quarta, por exemplo, diminuiria a diferença para seis pontos Crédito: Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians

O Campeonato Brasileiro dá voltas e chega a situações que seriam inimagináveis antes do início dele. O Corinthians, por exemplo, não estava entre os favoritos para a conquista do troféu. Grêmio, São Paulo e Fluminense, por outro lado, tinham pelo menos a esperança de uma boa competição. Mas chega a 29ª rodada e dois jogos reúnem esses quatro times, agora, com objetivos bem diferentes. Um deles está com a taça praticamente na mão, enquanto outro ainda sonha com o título. E dois vivem uma montanha-russa muito próxima da zona do rebaixamento.

Na Arena Corinthians, às 21h45, os donos da casa, líderes da Série A, recebem o Grêmio, segundo colocado na tabela. Mesmo nove pontos atrás e com o compromisso nas semifinais da Libertadores pela frente, os gaúchos teimam em flertar com o troféu. Uma vitória hoje, por exemplo, diminuiria a diferença para seis pontos. Já na região entre o 10º e o 18º lugares, Fluminense e São Paulo são adversários hoje no Maracanã, também às 21h45. O tricolor carioca tem 35 pontos e chegou a frequentar a zona do rebaixamento. O paulista, com 34, ficou na faixa da degola por 14 rodadas.

Três dessas quatro equipes têm algo em comum: Corinthians, Grêmio e Fluminense fazem um péssimo segundo turno. Nenhum deles está entre os 12 primeiros. Somente o São Paulo — em quinto lugar — respira nesse quesito, mas era obrigação se esforçar na metade final da competição, caso contrário, o time teria a Série B como endereço certo no ano que vem.

Para os jogadores do alvinegro paulista, o comprometimento dentro de campo segue o mesmo. “Por mais que a gente, de repente, tenha oscilado um pouco nos jogos, isso não é queda de rendimento. São detalhes que erramos e não vínhamos errando na sequência de jogos. Mas não podemos esquecer que somos líderes”, ponderou o goleiro Cássio. O presidente do clube, Roberto de Andrade, porém, acha normal que o ritmo caia. “São os mesmos jogadores e nos treinos todos se dedicam bastante. É natural o relaxamento por conta do percurso até aqui. A concentração baixou um pouquinho, mas nesta quarta-feira (hoje) é o dia certo para a gente somar os três pontos”, analisou o cartola.

Seria a hora de o Grêmio aproveitar para se aproximar dos líderes, correto? Com apenas 35% de aproveitamento neste segundo turno, porém, a resposta não é tão positiva. Para o zagueiro Pedro Geromel, existe uma razão básica para isso: lesões e saídas de atletas. Bolaños, Pedro Rocha e Lincoln, por exemplo, deram adeus ao time. Outros, como Luan, passaram muito tempo no departamento médico. “Tem uma série de jogadores que se machucaram e isso fez com que a gente perdesse a competitividade, a qualidade”, lembrou Geromel. Hoje, Luan deve voltar ao time titular. Mas o zagueiro prefere não jogar tanta pressão na partida contra o líder do torneio. “O confronto vale três pontos, como qualquer outro. Mas, nessa fase final, para nós, todo jogo é importante”.

Um ponto

Na parte de baixo, há somente um ponto entre Fluminense e São Paulo. A derrota hoje e uma combinação de resultados na rodada, porém, pode mandar um deles para a zona de rebaixamento novamente. A vitória, por outro lado, significa um belo alívio. “A gente sabe da importância que tem o jogo, o quanto a gente precisa vencer para se distanciar de uma vez por todas do Z4, mas também sabemos que ainda precisamos melhorar bastante”, analisa o meia Gustavo Scarpa — capitão do tricolor carioca por causa da ausência do zagueiro Henrique.

“Temos uma partida importante contra o Fluminense, na casa deles. Eles vêm de uma vitória importante, vêm motivado. Mas acho que não temos margem para deixar escapar jogos assim, principalmente pelo confronto direto, que é mais uma decisão. Vamos nos preparar para ganhar esse jogo e, aí sim, quando acabar a rodada, vamos ver qual é nossa real situação na competição”, apontou o volante Petros.

De olho em Kaká

O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, garantiu que o clube vai entrar em contato com a estafe de Kaká para oficializar uma proposta de retorno do ídolo tricolor ao Morumbi. Kaká não renovou contrato com o Orlando City, pelo qual atua há três temporadas. “Falta muita coisa, que é conversar a respeito e ver se os interesses se ajustam a ponto de poder dar certo. Se ele desejar continuar jogando futebol, é uma conversa que deveremos ter. Não posso negar”, afirmou Leco.

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