Em coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira, 11, a Prefeitura de Araguari anunciou que irá utilizar seus recursos para recuperar os locais danificados pelas fortes chuvas recentes que caíram na cidade, em detrimento da decoração de natal.

A decisão foi tomada em uma reunião em com a presença Câmara Municipal, Defesa Civil, CDL e o Corpo de Bombeiros. Os trabalhos já foram iniciados, em caráter de urgência. De acordo com o prefeito da cidade, Marcos Coelho, as medidas são paliativas, mas decisões com intuito definitivo devem ser aplicadas em breve, principalmente em locais mais críticos.

A maior parte dos novos estragos registrados na cidade ocorreu durante a forte chuva recente que caiu em Araguari. Foram registrados 82 milímetros em apenas uma hora e meia.

Problemas corriqueiros

Os problemas que persistem na cidade afetam até mesmo áreas que estão próximas do prédio da própria Prefeitura de Araguari. O aposentado Wilfred Cury, que mora na Rua Bias Fortes, reclama que as chuvas sempre causam estragos na via e já chegou a acionar a justiça por conta disso.

“Faz anos (que o problema persiste). Entra prefeito, sai prefeito, (falam que) vão arrumar, vão arrumar e arruma nada. Fica tudo a mesma m…. que tá”, reclamou o aposentado.

Já os moradores do Bairro Monte Moriá alegam que a situação do local é ainda mais crítica, pois a água da chuva se mistura com o esgoto e costuma invadir diversas casas.

O motorista Danilo Marcos Rodrigues, que mora no bairro, disse que os alagamentos são corriqueiros e que nem a prefeitura ou a empresa responsável pela construção do local assumem a responsabilidade.

“Aqui, é esgoto que invade as casas. Fora o mal cheiro, que fica constante durante o sol. Se tem chuva, é esgoto correndo; vem o sol, esquenta o chão e vem um cheiro muito forte, que fica no ar”, disse.

Já a diarista Ana Paula Assunção, que teve muitos móveis e eletrodomésticos danificados durante a forte chuva recente, precisou abrir um buraco nos fundos de sua casa para escoar a água da chuva. E disse que não é preciso cair muita água para que o problema ocorra.

“(Alaga) Toda vez que chove, não precisa ser uma chuva muito forte não, os bueiros não suportam a chuva. A gente não agüenta mais, a gente não tem mais sossego”, disse.

Informações: Carlos Vilela

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