Vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Itair Machado brincou no momento em que entregou a camisa 20 da Raposa ao volante Bruno Silva, na tarde desta terça-feira, em apresentação na Toca II. “Essa foi Walcyr Carrasco, hein”, disse ele em referência ao autor de novelas da TV Globo e ao demorado processo de contratação do jogador. De fato. Foram mais de três meses e 15 episódios até o volante, enfim, sentar na cadeira da sala de imprensa do CT cruzeirense e falar como atleta do clube. Ele chegou garantindo que o investimento de cerca de R$ 5 milhões não será em vão.
“É chata a novela. Negociação que se arrasta, mas aumenta minha responsabilidade. Vou assumir essa responsabilidade. Não foi em vão o que fizeram. Quero mostrar o que o Bruno tem. Eu agradeço ao presidente e ao Itair por todo o esforço. É trabalhar para retribuir dentro de campo”, afirmou Bruno Silva, que assinou contrato válido por três temporadas na manhã desta terça-feira. Além de Cruzeiro, ele recebeu oferta do Internacional. O fato de voltar para perto da família, uma vez que o jogador é de Nova Lima, falou mais alto.
“Meus pais, irmãos, família toda é cruzeirense. Quando vi que tinha proposta do Cruzeiro, meus pais já vieram me dar os parabéns, pude ver a emoção deles. Não pensei em outro clube quando o Cruzeiro apareceu. Era a minha vontade e hoje aconteceu, estou muito feliz”, garantiu. “Estou realizando um sonho de jogar na minha terra, num grande clube, grande campeão. Ansioso para fazer o que eu sei fazer”, complementou.
Lugar no time
Teoricamente, Bruno Silva brigará com Robinho por um espaço no time de Mano Menezes. No Botafogo, com Jair Ventura, o volante acabou sendo utilizado um pouco mais avançado, assim como o camisa 19 cruzeirense. “É uma função nova, o Jair (Ventura, ex-técnico do Botafogo) que me colocou porque falava que eu tinha muita força. Eu procuro me cuidar para fazer o que faço, jogar o tanto que jogo. Como falei, respeitando todo mundo, quem está aqui está na frente, mas com todo respeito vim para brigar por posição. Bruno veio para procurar o espaço”, disse.
Foi justamente por causa do perfil mais ofensivo que Bruno Silva se tornou volante-artilheiro pelo Botafogo. Em 111 partidas entre 2016 e 2017, ele marcou 14 gols. Pela Chapecoense, seu clube anterior, os números também foram positivos: 53 partidas e seis bolas na rede.
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