Numa fase de descrédito da torcida com relação ao comportamento da equipe, o Atlético será obrigado a dar provas de força justamente contra um dos adversários mais qualificados do interior e que mais deu trabalho nos últimos anos no Campeonato Mineiro. No jogo deste domingo contra a URT, às 19h30, em Patos de Minas, o Galo reencontrará o rival das duas últimas semifinais, que se notabilizou pela postura tática organizada de suas equipes e por saber propor o jogo, mesmo fora de casa.
Vencer o Trovão ajudaria a dar confiança ao time alvinegro, que na semana que vem estreia na primeira fase da Copa do Brasil diante do Atlético-AC, quarta-feira, em Rio Branco. Mas para que o jogo coletivo possa fluir em Patos, o Galo terá desafios, como superar a falta de entrosamento e se adaptar ao campo acanhado do Zama Maciel, com gramado irregular e duro. O time da capital não vence a URT em seu estádio desde 2014, quando goleou por 5 a 0, sob o comando de Paulo Autuori.
O piso de Patos não favorece as características técnicas do Atlético, o que obriga o técnico Oswaldo de Oliveira a mudar a estratégia. Na semana passada, o time reserva escalado pelo treinador contra o Villa Nova não se ambientou às condições do campo e perdeu por 1 a 0, no Castor Cifuentes. O comandante não definiu se escalará os titulares ou suplentes no fim de semana. O alvinegro, 5º colocado, está sob pressão.
Presente no grupo que jogou a semifinal contra a URT na última temporada, o zagueiro Gabriel lembra que o adversário dificultou muito a vida do Galo: “A URT é uma equipe muito bem treinada, bem montada, com jogadores de qualidade. Foram dois jogos muito difíceis nas semifinais do ano passado. Tem a questão do campo também, que não tem grandes condições. Mas a gente precisa fazer um grande jogo, atuando de forma organizada. Os três pontos serão importantes de qualquer maneira”.
Dos times do interior, o de Patos foi o único que manteve o treinador desde o ano passado. Rodrigo Santana, de 35 anos, que fez o curso da CBF recentemente, assumiu em 2016 e vem colhendo os bons frutos: ao lado de Cruzeiro e América, a URT ainda não perdeu em 2017.
Gabriel sabe que o prestígio alvinegro junto à torcida dependerá de duas boas atuações em Patos e no Acre: “Temos de seguir trabalhando. O grupo é qualificado e, adquirindo ritmo de jogo, com novos companheiros, estaremos no caminho certo. Os resultados negativos fazem parte. Claro que não é normal, mas estamos em processo de temporada para fazer grande ano. Vamos ter de colocar à prova o que treinamos durante a semana. É um jogo muito difícil contra a URT e outro complicado no Acre. A gente sabe da dificuldade que é a Copa do Brasil. Queremos trazer dois bons resultados”.
MUDANÇAS NOS RESERVAS
Na atividade dessa quarta, Oswaldo trabalhou conjuntamente com titulares e reservas. Enquanto manteve a formação do time principal que empatou com o Patrocinense, ele fez cinco alterações no time de suplentes. Na zaga, sacou Bremer e Matheus Mancini e escalou Felipe Santana e Maidana. No meio, Yago deu lugar a Adílson, Luan entrou na vaga de Valdívia, e o prata da casa Marco Túlio ganhou a posição de Hyuri. O argentino Tomás Andrade se dedicou ao treinamento técnico com os demais jogadores não aproveitados na atividade tática.
A delegação viaja sábado para Uberlândia de avião e segue de ônibus para Patos de Minas. Na segunda-feira, se desloca novamente para Uberlândia e vai em voo fretado para Rio Branco, capital do Acre, onde treinará por dois dias para o duelo com o Atlético acreano.
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