Thiago Larghi diz que o grupo alvinegro é capacitado, porém precisa de tempo para se acertar Fonte: Alexandre Guzanshe/E.M/D.A.Press

A primeira experiência do fluminense Thiago Larghi, de 37 anos, à beira do gramado ficou marcada por mais uma atuação ruim do Atlético – na derrota de virada para a Caldense por 2 a 1, no Independência. Técnico interino e substituto do demitido Oswaldo de Oliveira, o agora assistente fixo do clube terá papel fundamental na chegada do novo comandante, que pode ser anunciado hoje pela diretoria: ele passará todas as informações sobre o grupo de jogadores e os problemas que prejudicaram a equipe nas primeiras partidas de 2018.

Um dos maiores desafios do próximo treinador será trabalhar a sintonia e o entrosamento entre os jogadores de frente, dando velocidade às jogadas e melhorando o poder ofensivo da equipe. O ataque foi o setor com mais mudanças desde que o presidente Sérgio Sette Câmara assumiu o mandato – depois das saídas de Robinho, Fred e Rafael Moura, o Galo trouxe Ricardo Oliveira, Róger Guedes, Erik, Carlos e Hyuri (que retornaram de empréstimo).

Independentemente do perfil do novo treinador, Larghi ressalta que o estilo de jogo da equipe deve ser preservado, com ênfase na dinâmica no ataque: “Temos de prepará-los a cada treino para que eles estejam bem. Conforme o tempo e o entrosamento, eles vão melhorar, pelos jogadores que são e pela capacidade que têm. Acreditamos na manutenção de um padrão de jogo. Sabemos que, dentro de campo, é necessária uma conexão entre eles. Mas isso vai ocorrer somente com o tempo, com a repetição do time”.

Outro ponto fraco nos últimos jogos foi a defesa. Dos seis gols sofridos pelo Atlético no ano, quatro foram pelo alto, o que reforça a necessidade de ajustes na marcação dentro da área. Diante da Caldense, o atacante Neílson levou a melhor na disputa com Felipe Santana e conseguiu cabecear de costas para o gol, vencendo o goleiro Victor. A falha pelo alto já havia ocorrido no empate com o Atlético-AC (1 a 1), pela Copa do Brasil.

Na visão de Larghi, os jogadores ficaram abalados com a exibição ruim no Acre e, posteriormente, com a demissão de Oswaldo – ele ficou apenas quatro meses no Galo e foi o sexto treinador a ser demitido desde 2016. “Por estar trabalhando com o grupo, eu já os conhecia. São atletas altamente capacitados. Mas a questão psicológica pesa.”

GRUPO QUASE INTEIRO

Enquanto o novo treinador não chega, o assistente tenta preparar os atletas para que eles estejam nas melhores condições. O lateral-direito Samuel Xavier e o zagueiro Leonardo Silva foram preservados contra a Caldense para se dedicar à preparação física. O armador argentino Tomás Andrade segue preparação específica definida pela comissão técnica e não tem previsão de estrear com a camisa alvinegra. A única baixa por lesão é o volante Yago, que teve entorse com ruptura no ligamento medial do joelho direito.

O Galo terá cinco dias de preparação para o clássico contra o América, no Independência. A volta aos trabalhos será terça-feira à tarde.

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