Quatro anos após o 7 a 1, jogadores alemães vêm Brasil melhor e menos dependente do seu craque Fonte: AFP/Odd Andersen

Os jogadores da seleção da Alemanha que entram em campo nesta terça-feira contra o Brasil, no amistoso que acontecerá em Berlim, deixam claro: a partida não tem qualquer relação com os 7 a 1 e não ha nada que possa fazer com que o amistoso se compare àquela semifinal da Copa do Mundo de 2014.

Mas eles admitem que, quatro anos depois, o Brasil está menos dependente de Neymar. O astro do Paris Saint-Germain não jogou naquela partida em 2014 e, uma vez mais, ficará de fora do confronto contra a Alemanha.

“Acredito que o Brasil não depende mais de Neymar”, disse Leroy Sané, jovem astro do Manchester City e novidade do time alemão para terça-feira. “Eles não precisam tanto (de Neymar) como em 2014. Estão mais compactos. A equipe está mais forte e todos aprenderam. Sem Neymar, eles têm um time forte e muitas opções”, afirmou.

Em coletiva de imprensa, Ilkay Gündogan indicou que hoje o Brasil tem “o mesmo nível que a Alemanha”. O jogador, que também atua pelo Manchester City, deve começar como titular. “O Brasil é hoje tão forte quanto a Espanha. São dois dos favoritos para a Copa, ao nosso lado”, disse, lembrando que aquele resultado de 7 a 1 não é “algo normal”. “Dá para entender a tristeza do Brasil”, disse.

Ele, porém, também apontou para o “desenvolvimento da seleção”. “Estão hoje em um nível bom. Não há como comparar ao de 2014”, disse.

“Nos últimos meses, vi que o Brasil está mais equilibrado e no ataque tem bons jogadores”, disse Gündogan. “Eles têm também Casemiro e Paulinho, que permitem uma estabilidade defensiva. O treinador tem ideias claras e isso o torna perigoso”, afirmou. “Vemos o Brasil como o Brasil que sempre conhecemos”, completou.

Um dos exemplos que ele da é o de Gabriel Jesus, seu companheiro de time. “É um jogador muito forte e novo”, disse.

Todos no time alemão insistem em minimizar qualquer comparação com aquela semifinal. “Para nosso time, isso já passou. Para os brasileiro, talvez seja diferente”, afirmou Gündogan. “O 7 a 1 não é mais um assunto para nós. Não é um torneio e não se pode tirar qualquer conclusão desse resultado.”

Ele disse entender a tristeza e a dimensão até política que aquele resultado de 2014 gerou no País, principalmente pelo caráter “emotivo” do povo. “O futebol faz parte de suas vidas e é quase espiritual”, disse.

Quase filosófico, o jogador alemão sugeriu que, na vida, “sempre há uma segunda chance” e que o Brasil ainda terá muitas felicidades com o futebol. “O esporte mostra que podemos melhorar”, comentou.

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