Atlético e Cruzeiro, iniciam, na tarde deste domingo, às 16h, no Independência, a disputa pelo troféu do Campeonato Mineiro. A equipe celeste joga com a vantagem (dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols), enquanto o Galo terá o apoio de seu torcedor para tentar inverter os papéis para o jogo do próximo domingo, no Mineirão. As duas equipes repetem a final do ano passado, quando o Alvinegro levou a melhor. Neste século, no entanto, a Raposa tem melhor retrospecto em decisões do Estadual: 4 a 3.
O Atlético entra em campo tentando reverter a vantagem do rival. Na classificatória do Mineiro, o Galo terminou em terceiro, com cinco vitórias, três empates e três derrotas. Nas quartas de final, eliminou a URT com vitória no Independência. Também no Horto, o Alvinegro bateu o América duas vezes na semifinal. Já o Cruzeiro teve a melhor campanha do Estadual na primeira fase. Foram nove vitórias e dois empates. Nas quartas, a equipe celeste venceu o Patrocinense, no Mineirão. Na semi, ganhou do Tupi duas vezes e se garantiu invicta até a decisão.

E, para tentar definir o clássico, um duelo de experiência e juventude. Pelo lado preto e branco, Ricardo Oliveira, de 37 anos, autor de seis gols na temporada. Pelo lado azul, Raniel, de 21 anos, que balançou as redes três vezes em 2018. No primeiro duelo entre eles na temporada, melhor para o cruzeirense, autor do gol da vitória celeste, no Independência, palco da decisão deste domingo.

E o Independência estará lotado. Foram mais de 19 mil ingressos vendidos. A maior parte da torcida será atleticana. Os cruzeirenses esgotaram todas as suas entradas em menos de uma hora de venda.

Atlético
Ainda interino, Thiago Larghi vai para sua primeira final como treinador

Em franca ascensão na temporada, o Atlético buscará reverter a vantagem na decisão do Campeonato Mineiro neste domingo. A equipe alvinegra, que jogará com apoio de seu torcedor, vem de três vitórias consecutivas no Independências, todas elas sem levar gols. O técnico Thiago Larghi, que vai participar da primeira final de sua carreira, afirma que o Galo hoje é uma equipe bem diferente daquela que foi derrotada pelo Cruzeiro, na fase classificatória do Estadual.

“É um jogo bem diferente daquele. Com o passar dos jogos e poucos treinamentos a gente viu a evolução do time, a criação de uma identidade um pouquinho mais sólida, um padrão de jogo um pouco mais definido. É um outro momento. O grupo está bem consciente, sabe bem o que a gente evoluiu e cresceu. Acho que vamos fazer um bom jogo”, disse o treinador, que revelou ter dúvidas para a escalação no clássico. “Não tenho time definido. Estamos treinando ainda. Existem duas dúvidas. Um ou outro jogador. É detalhe que a gente pode usar. Na defesa, no ataque, na bola parada. Está bem encaminhado para a definição. Estamos usando a semana para fazer experimentos. Isso é importante para o grupo, precisamos fortalecer o grupo para jogos grandes. É uma definição que parte para um projeto maior. É a definição para esse jogo, mas sempre pensando na formação de um plantel, com troca de jogadores, rodízio, para encarar todas as partidas. Prefiro não falar as dúvidas”.
Os treinos do Atlético foram fechados durante a semana do clássico. Tudo que pensou a respeito do jogo, os testes feitos pensando no duelo contra o Cruzeiro, estão guardados a sete chaves. A grande dúvida é sobre quem será escalado na equipe: Otero, que vem sendo titular, Erik, que perdeu a posição no último jogo, ou Gustavo Blanco, trazendo uma mudança de esquema tático no Alvinegro, liberando mais Elias para jogar mais à frente.
Otero larga na frente na briga pela titularidade. Além de ter sido escolhido para começar jogando desde o início da temporada, o jogador é peça importante na bola parada. Os trabalhos neste tipo de jogada foram ressaltados por Larghi em sua entrevista. O restante do time deve ser o mesmo que vem jogando nas últimas partidas alvinegras.
Cruzeiro
Favorito em teoria neste domingo, o Cruzeiro entra em campo com objetivo inicial de pelo menos manter a vantagem que tem nesta final de Campeonato Mineiro. Pela campanha na primeira fase, que lhe deu a liderança isolada (11 jogos, 9 vitórias e 2 empates), a Raposa joga por dois empates ou por um triunfo e uma derrota pela mesma diferença de gols. Apesar desse ‘benefício’ e da superioridade técnica inegável, o técnico Mano Menezes fez questão de espantar qualquer clima de “já ganhou” e pregou respeito ao arquirrival para o jogo no Independência. Ele também analisou o que espera do duelo.
Paulo Filgueiras/EM/D.A Press

“Equipes grandes como Cruzeiro e Atlético não trabalham só de forma reativa. Você não ganha campeonato só jogando de forma reativa. Em determinados momentos vai ser necessário você propor jogo. É natural que nosso adversário tenha crescido na reta final, porque não iria começar da forma como começou a competição. A forma como começou a competição se estabeleceu 13 pontos de diferença e essa não é a diferença das dias equipes em termos de qualificação técnica”, disse. “Falam muito sobre favoritismo. Isso é pelo que foi feito até aqui. Mas o que vai decidir o título não é o que fizemos até aqui, mas o que faremos nos 180 minutos”, complementou.

A principal dúvida de Mano Menezes sobre a formação do time está na defesa. Leo, que retornou de suspensão do TJD no segundo jogo da semifinal contra o Tupi, disputa uma vaga com Dedé para jogar ao lado de Murilo. Como o jovem defensor, de 21 anos, é o único que desempenha a função pelo lado esquerdo, é improvável que deixe o time. Já o argentino Ariel Cabral deverá retomar ao seu lugar no meio-campo depois de desfalcar o time na vitória por 2 a 1 sobre o time de Juiz de Fora.
Outra preocupação do Cruzeiro está nos pendurados. Pensando no segundo jogo da decisão, Mano Menezes inclusive orientou seus comandados para evitar cartões bobos, comemorações que extrapolem ou reclamações mais duras. O lateral Edilson (que não deverá atuar), os volantes Ariel Cabral e Henrique, o meia Mancuello, além do atacante Raniel, estão com dois amarelos e correm risco de desfalcar o time na partida de volta, marcada para 8 de abril, às 16h, no Mineirão.
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