O número de pessoas entre 50 e 64 anos no mercado formal de trabalho cresceu quase 30% entre 2010 e 2015, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), que aponta ainda, que o setor de serviço tem mais receptividade do que os trabalhadores mais experientes.

Em Uberlândia, uma das empresas que costuma empregar pessoas mais experientes na idade, é a rede Bretas, que tem 10 lojas na cidade e conta com 129 funcionários nesta faixa etária.

Um exemplo é a auxiliar de operações, Sirlei Jesus de Gouveia, de 63 anos, que está na rede há 14 anos. Ela iniciou como auxiliar de serviços gerais aos 49 anos e conseguiu crescer na empresa.

Mesmo aposentada, a mineira natural de Canápolis, fala com orgulho sobre a oportunidade. “Entrei para uma função, mas tive a chance de mudar e hoje ganho meu dinheiro e faço amizades. É bom fazer parte de uma empresa que trata o funcionário com respeito”, contou.

Outro exemplo é a operadora de caixa, Marilda Garcia Fernandez Carvalho, de 75 anos. Ela é a prova real que a terceira idade não é sinônimo de cansaço. Ela trabalha em Uberaba, cidade que conta com seis lojas e 78 colaboradores com 50 anos ou mais.

No dia a dia, ela é carinhosamente chamada de vovó pelos colegas da loja e também pelos clientes. “Meu trabalho é minha vida. Faço tudo com maior carinho e disposição sempre que sou solicitada. A qualquer hora que me chamar eu vou trabalhar feliz da vida”, afirmou.

Direitos trabalhistas

No caso de o trabalhador mais velho estar aposentado, a legislação trabalhista assegura a ele, na volta ao mercado de trabalho, todos os direitos dos demais trabalhadores: férias, 13º e salário-família. Porém, ele não tem acesso ao auxílio-acidente e auxílio-doença.

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