Foi condenado a 7 anos de prisão em regime fechado o motorista que atropelou e matou o vigilante noturno Orlando Alves de Oliveira, de 38 anos, na Avenida João Naves de Ávila, Bairro Santa Luzia, em Uberlândia. O acidente aconteceu no dia 11 de março de 2017.

Marco Antonio Pereira da Silva, de 37 anos, conduzia um Voyage em alta velocidade, segundo testemunhas, e colidiu em cheio na traseira do motociclista. Orlando havia acabado de sair do serviço. A batida foi tão forte que o vigia foi arremessado a 100 metros do local do acidente. Ele chegou a ser socorrido em estado gravíssimo, com parada cardiorrespiratória, mas não resistiu aos ferimentos.

O julgamento durou aproximadamente 8 horas. A condenação foi por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Dentro do carro dele foram achadas latas vazias de cerveja, uma delas com furos semelhantes à situação de uso de drogas.

Desde a época do acidente até agora, o réu já cumpriu mais de um ano da pena e na conta do juiz, esse período já foi descontado dos sete anos de reclusão.

A data 11/03/2017 marcou fatalmente a vida dos familiares de Orlando Alves. Vestidos com camisetas com a foto do vigilante, os familiares choraram relembrando do caso e ainda com a dor da perda.

A viúva, Franciane Fernandes, fala da saudade e do drama que é para ela e a filha viverem sem o marido. A sogra da vítima, Francisca Souza Fernandes diz que sofre junto com a filha e a neta. A menina ainda pergunta quando o papai vai voltar.

Em uma manifestação silenciosa os familiares usaram apenas um cartaz pedindo justiça e fizeram questão de acompanhar o julgamento.

As testemunhas responderam perguntas da promotoria.  O promotor perguntou ao policial que registrou a ocorrência se ele viu resíduo de crack na lata de cerveja. Ele confirma que tinha resíduo de fumo queimado. Questionado sobre o comportamento do réu, o policial disse que Marco Antonio estava assustado. “O pessoal tava querendo agredi-lo, os parentes da vítima. Estava com hálito, conversei com ele perguntava algumas coisas e ele não sabia responder.”

O advogado de defesa de Marco Antonio também se manifestou fez perguntas ao policial.
Advogado: O senhor pode afirmar então que aquelas latinhas tinham sido consumidas naquele momento?
Testemunha: sim
Advogado: O senhor pode afirmar isso?
Testemunha: sim
Advogado: O senhor estava com ele dentro do carro, quando ele consumiu as latinhas? O senhor estava bebendo com ele no bar?
Testemunha: não

As latas de bebidas citadas pelo advogado estavam no carro que era conduzido por Marco Antonio. Na noite do acidente nossa equipe esteve na Avenida João Naves de Ávila, Bairro Santa Luzia. Com a gravidade do acidente, a moto ficou destruída e o motor foi arrancado.

O velocímetro do Voyage estava travado em 125 quilômetros por hora. Os militares acreditam que o acidente ocorreu devido a embriaguez ao volante e o excesso de velocidade. Testemunhas que presenciaram o fato e a perícia da Polícia Civil confirmaram na época que o carro não estava a menos de 160 quilômetros por hora. A velocidade da via é de 60 quilômetros/hora.

Vigia noturno perde a vida em acidente no Bairro Santa Luzia

Família de vigilante morto por carro em alta velocidade na Avenida João Naves quer justiça

Matéria editada às 12h15 para correção de informação. A Avenida correta do acidente é a João Naves de Ávila, e não Rondon Pacheco, como informamos.

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