A BR Distribuidora fechou o segundo trimestre do ano com lucro líquido de R$ 263 milhões, um crescimento de 275,7% em comparação com os R$ 70 milhões relativos ao faturamento de igual período do ano passado. Os dados consolidados da subsidiária da Petrobras foram divulgados na noite de quarta-feira (1º) em comunicado ao mercado.
Os números mostram que a líder do mercado de distribuição de combustíveis do país fechou o segundo trimestre com aumento da receita líquida em todos os segmentos e crescimento de 21,2% em relação ao mesmo período do ano passado e de 4,9% em relação ao primeiro trimestre deste ano.
O comunicado da Petrobras Distribuidora indica que a empresa fechou o trimestre com um Ebitida [lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização] ajustado consolidado de R$ 508 milhões no período de abril a junho, um aumento de 5,6% em relação ao mesmo período de 2017.
Segundo a BR Distribuidora, o resultado reflete o direcionamento estratégico da empresa com foco na melhora de rentabilidade. “O segundo trimestre de 2018 foi marcado pela greve dos caminhoneiros e demonstrou a capacidade da companhia em superar eventuais contingências relacionadas ao setor no qual opera.”
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve queda de 4,2% no volume vendido, mas a companhia manteve a estratégia de manutenção da rentabilidade, atingindo a margem bruta de R$ 131 por metro cúbico (m³), com acréscimo de 7,6% em relação ao 2T17, acrescentou a companhia.
De acordo com a BR Distribuidora, o efeito da greve ficou resumido aos ajustes nos estoques de diesel e gerou perdas em torno de R$ 200 milhões, o que corresponde a uma redução de cerca de R$ 20/m³ na margem Ebitida ajustada do segiundo trimestre deste ano.
Do primeiro para o segundo trimestre, o mercado apresentou retração de 1,4%. “A situação foi agravada pelos efeitos da greve dos caminhoneiros em maio e pela lenta recuperação da economia. A desvalorização no estoque de óleo diesel (efeito da greve), aliada à maior participação do etanol hidratado no mix – em detrimento das gasolinas – resultou em uma redução da margem consolidada em relação aos primeiros três meses do ano”, acrescentou a companhia no comunicado..
O texto diz ainda que, no último dia 17, foi realizada, “com sucesso”, a emissão de debêntures não conversíveis, vinculadas aos certificados de recebíveis do agronegócio no montante de R$ 961,7 milhões, a um custo total de 105,8% do CDI.
Rede de postos
O volume de venda de combustíveis na rede de postos da BR fechou o segundo trimestre com volume de vendas 3% inferior ao de igual período do ano passado. “A redução do volume na comparação com os três primeiros meses do ano passado reflete a manutenção da política de preservação das margens de comercialização, priorizando a rentabilidade da companhia”, destacou a empresa.
A BR Distribuidora ressaltou ainda avanço de 0,96% no volume comercializado do primeiro para o segundo trimestre do ano, “o que já demonstra uma leve tendência de recuperação das neste ano”.
Agência Brasil