A dona de casa Cleide Fernandes, moradora do Bairro Santa Luzia, está no quarto mês de gestação do seu segundo filho, mas além de sua preocupação de preparar a chegada do bebê, também está enfrentado dificuldades para realizar o acompanhamento de sua gravidez.
A gestação da dona de casa é considerada de alto risco e ela já havia enfrentado complicações na sua primeira gravidez. Mas explicou que está com dificuldades de marcar consultas com o médico.
“Eles falam que eu to na fila de espera e que preciso aguardar. E que quando sair ele me chamam, me ligam. Mas até hoje, nunca recebi ligação”, disse.
E justamente por conta dessa demora, Fernandes disse que está pagando exames importantes, como ultrassons, com o dinheiro do próprio bolso.
“A gente tem que tirar do próprio bolso pra poder pagar Eu fiz um ultrassom, que era o principal que tinha de fazer. Não saiu e to com o pedido lá até hoje. Eu to com 19 semanas (de gravidez) e era pra ter feito com 11. Não pude esperar, tive de pagar”, disse.
Além do fato de se preocupar com o que pode acontecer tanto com o bebê quanto com ela mesma, a dona de casa lembra que os custos desses exames são custos e nem sempre ela possui condições de pagá-los.
“(Gravidez de) Alto risco não é brincadeira. A gente não tem condição, no tempo que a gente ta vivendo, de poder pagar”, disse Fernandes.
Confira abaixo, na íntegra, uma nota enviada pela Prefeitura de Uberlândia sobre a questão.
“A Secretaria Municipal de Saúde informa que a paciente C.F.PJ recebe todo o acolhimento pré-natal preconizado pelo Ministério da Saúde, sendo acompanhada pelo médico da UBSF Granada II e supervisionada por um ginecologista. Além disso, também recebe suporte da Uai Martins se houver alguma intercorrência. A secretaria reforça que a classificação de risco é feita de acordo com os critérios adotados pelo médico, que acompanha o paciente no pré-natal.”
Informações: Marina Caixeta