Nesta terça-feira, 20, é celebrado o Dia da Consciência Negra, data que se tornou feriado em algumas cidades do país. A ocasião é voltada para a reflexão da participação do negro na sociedade brasileira e coincide com o dia da morte de Zumbi dos Palmares.
Infelizmente, os problemas do racismo e preconceito ainda continuam presentes dentro da sociedade brasileira. Por conta disso, muitas famílias negras educam suas crianças para aprender a lidar com essa questão, como é o caso da professora Vânia Marra com a filha, Sofia.
“É pra isso que a gente já ta educando ela. Apesar de que com seis anos, não dá pra gente por muita coisa na cabecinha dela, eu deixo ela ser criança. Eu preparo ela pra vida. As situações vão aparecer na medida que vão aparecendo e a gente vai tentando resolver, mas não antecipo nada”, disse.
Mas até mesmo quem não costuma sofrer com esses problemas sabe da importância de discuti-lo. Um projeto da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), chamado Oju Odara, aborda a questão do preconceito com alunos de escolas públicas de Uberlândia.
“A ideia é fazer com que eles rompam a bolha que vivemos dentro de uma escola e vá direto pra sociedade. A ideia é tornar o cidadão mais crítico, um cidadão mais pensante, um cidadão atuante”, disse o professor de história Anderson Goçalves.
Os estudantes já realizaram vários trabalhos voltados para o assunto e notaram que os problema do racismo e preconceito estão mais presentes que o imaginado na sociedade brasileira.
“84% das pessoas veem que o Brasil é um país racista sim. Porém, 4% somente se declaram racistas, então, onde que está esse pessoal? Quem faz essas práticas racistas? Então, nosso trabalho tinha o intuito de mostrar que sim, acontece. Isso não tem que acontecer mais, a gente sabe da importância da igualdade social num todo”, disse a estudante Alícia Coelho.
“Nosso país é muito miscigenado, não era pra ter racismo, por que nosso país é fruto de várias etnias, de vários lugares do mundo vindo pra cá. A gente é um país muito misturado, todo mundo tem um pouco de cada etnia”, complementou a também estudante Kemilly Lima.
Informações: Carlos Vilela