Uma pessoa em Uberlândia é investigada por suspeita de participar de uma quadrilha que adulterava estruturas de carretas e falsificava documentos dos veículos. A Operação Raptores foi desencadeada nesta quarta-feira, 21, em Uberlândia, Belo Horizonte e Congonhas, no estado de MG, além de Bahia e Espírito Santo.
Ao todo foram 36 ordens judiciais e onze pessoas presas. Os trabalhos foram realizados sob a coordenação dos Gaecos da Bahia e de MG, e ainda com o auxílio de 19 agentes, 150 policiais rodoviários federais e policiais militares.
Conforme as investigações, os bandidos modificavam e alteravam, ilegalmente, veículos e dados cadastrais veiculares, para que os veículos de carga circulassem com excesso de peso. A operação teve por objetivo desarticular e colher provas da atuação de associações criminosas especializadas em modificações e alterações ilegais de veículos e em dados cadastrais veiculares junto aos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detran).
No Espírito Santo foram presos um dos chefes do esquema, que mora em Viana e é dono de uma oficina. Além dele também foram presos outros três donos de oficinas suspeitos de participarem da adulteração de estruturas de veículos de carga de forma fraudulenta, e de um empresário que emitia laudos falsos sobre a situação dos veículos.
Na Bahia houve seis prisões. Já em Minas Gerais, três suspeitos de envolvimento no esquema foram presos. Uma pessoa da Bahia e outra de Minas estão foragidas.
De acordo com o MP-ES, as investigações identificaram 579 carretas com a estrutura adulterada e 151 delas com a autoria da fraude comprovada. As alterações nos veículos aconteciam em quatro oficinas mecânicas do Estado: duas em Viana, uma em Linhares e uma em Cachoeiro de Itapemirim.
A operação teve início em 2017 após suspeitas de roubos de carga.