As cicatrizes deixadas na pele de Jussania Duarte. Imagens: Léo Carvalho/TV Vitoriosa

Quase seis meses após ser estuprada, roubada e quase ser morta em uma estrada de terra às margens da BR-452, Jusania Pereira Duarte, de 49 anos, precisou ficar frente a frente com o agressor, durante audiência de instrução realizada recentemente.

Em entrevista para o repórter Léo Carvalho, Duarte relatou que não foi fácil voltar a ver Wallison Rodrigues da Silva, já que a lembrança do crime ainda está fresca em sua memória.

“Não é fácil, por que você lembra de todos os detalhes. Você lembra de todos os detalhes durante o dia inteiro, mas ver ele, frio, me fez lembrar mais ainda, ele é muito frio. É muito difícil, muito doloroso, não desejo isso pra ninguém”, disse.

Além de todo o choque causado pela situação, Duarte também se revoltou no momento em que Wallison disse para o juiz que não cometeu o estupro e admitiu apenas o roubo.

“Não foi fácil por estar ali com ele, você vê a frieza da pessoa. Ele só confessou o assalto, disse ele que me assaltou, só isso”, disse.

O processo segue em andamento na justiça. Enquanto isso, Duarte ainda carregas as marcas das agressões e disse que está realizando uma série de tratamentos para conseguir superar o trauma.

“Tô fazendo tratamento com psicólogo na UFU, faço meditação, reiki, acupuntura. Esse estuprador, dói demais, é muita dor essas cicatrizes”, disse.

Por fim, Duarte pede para que qualquer mulher não tenha receio e denuncie qualquer caso de estupro para as autoridades.

“É pra denunciar, mesmo que seja um namorado, que seja o marido, que seja quem for, que seja um tapa na cara: denuncie na justiça pra ser feita. Vamos fazer justiça”, disse.

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Informações: Léo Carvalho

 

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