Quase 700 focos do mosquito estão sendo monitorados na pesquisa. (Imagem: Laboratório de Vigilância em Saúde Ambiental)

Desde 2015, pesquisadores do Laboratório de Vigilância em Saúde Ambiental da UFU realizam um estudo sobre uso de larvicidas empregados no controle do mosquito. O intuito é avaliar a ação desses químicos em ambiente controlado, por meio do manejo integrado com peixes larvófagos, predadores naturais das larvas do mosquito, que é vetor de doenças como dengue, chikungunya, zika e febre amarela.

Aproximadamente 700 focos de reprodução do Aedes aegypti em ambientes controlados, como fontes e piscinas, estão sendo monitorados para o desenvolvimento da pesquisa. Um dos objetivos é determinar uma proporção de larvicida na água que não prejudique a presença dos peixes, mas que, ainda assim, seja eficiente no controle das larvas. Os pesquisadores constataram que, com a ação dos peixes larvófagos, era necessário utilizar somente ⅛ (um oitavo) da dose de larvicida recomendada pelo Ministério da Saúde para que o controle seja eficiente.

Nos últimos dois anos, quatro artigos sobre o estudo foram publicados no Journal of Toxicology and Environmental Health, um dos mais importantes periódicos da área de Saúde Coletiva, avaliado com classificação Qualis A1 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

De acordo com Boscolli Pereira, docente do Instituto de Geografia da UFU e um dos coordenadores do trabalho, a motivação para a pesquisa partiu de uma preocupação com o uso indiscriminado de larvicidas. “Enquanto não é possível adotar práticas de controle isentas de larvicidas químicos, é importante lançar mão de métodos alternativos e complementares que contribuam para um controle mais efetivo do Aedes aegypti”, afirma Pereira.

O próximo passo para o desenvolvimento da pesquisa é firmar parcerias para implementar a técnica no combate efetivo do mosquito na região.

Comunica UFU

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