O policial civil de Uberlândia Petrônio Simões de Lima Júnior foi preso na manhã desta sexta-feira, 01 de março, depois que o Grupo de Ações Especiais de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) teve acesso à gravação de uma conversa dele com um matador de aluguel, sugerindo a morte do promotor de Justiça Daniel Marotta, que encabeça grandes investigações contra crimes organizados na cidade.
O policial já havia sido preso anteriormente em 2017, na Operação Fênix, que investigava corrução da Polícia Civil, mas estava em liberdade, em casa. Porém, a informação do Ministério Público é de que, mesmo afastado da função, Petrônio estava trabalhando, inclusive com acesso ao sistema policial. A situação vai ser investigada pelo MP, pois quando um policial é afastado ele não tem mais senha para acessar o sistema.
As investigações do Gaeco contra Petrônio indicam que ele teria encomendado a morte de Marotta a um policial militar da cidade que é conhecido como matador de aluguel. Na conversa ele teria dito: “Porque você não mata o promotor Marotta?”
O militar foi preso na Operação Dominó, que investiga um suposto grupo de extermínio, em Uberlândia. Segundo o MP os áudios da conversa foram entregues pelo empresário Cairo Mendes Borges Júnior que teria pago a Petrônio para agilizar as investigações da morte do pai dele, Cairo Mendes Borges. Cairo Júnior foi preso pelo MP em fevereiro, ainda na Operação Dominó, por interferir nas investigações do caso do assassinato do pai, ou seja, tentar fazer justiça com as próprias mãos.
Petrônio Simões será encaminhado para um presídio federal de segurança máxima após ser ouvido no Ministério Público em Uberlândia.