Uma quadrilha de estelionatários tentou aplicar mais um golpe em Uberlândia, mas desta vez teve a ação frustrada pela vítima. O aposentado, que preferiu não se identificar, desconfiou do golpe e filmou toda a ação. No vídeo, o idoso grava um dos golpistas na porta da casa dele. Descoberto, o autor fugiu.
O golpe do cartão de crédito já é antigo, mas continua sendo praticado por quadrilhas. Os bandidos armam um plano bem orquestrado para que a vítima acredite que o cartão de crédito dela foi clonado.
Inicialmente liga uma pessoa dizendo ser do “setor de fraudes do Banco” e relatando uma falsa compra feita por alguém utilizando o cartão de crédito da vítima. Certo de que a compra não foi feita, nem pelo cliente, nem por qualquer pessoa, o golpista pede para o cliente confirmar se fez a compra. Com a negativa, manda que a vítima corte um pedaço do cartão de crédito e mande para a central por meio de um motoboy, que seria um funcionário do banco e vai até a casa da pessoa. Antes disso dita uma declaração para que a vítima escreva de próprio punho.
O aposentado chegou a ligar para o SAC usando o telefone fixo da residência, mas continuou desconfiado de que a ligação pudesse estar sendo desviada pela quadrilha. E a desconfiança dele se confirmou quando ele decidiu ligar do aparelho celular para a gerente do banco. Não havia nada errado com o cartão dele.
Logo a mesma pessoa que havia ligado do “setor de fraude” ligou novamente informando o nome completo e a inscrição do funcionário que buscaria o cartão e a declaração da vítima. Porém o idoso filmou toda a conversa com o suspeito.
Vestido com um colete e um telefone na mão, o golpista fica inquieto. O aposentado começa a questioná-lo e quando vê que o crime foi por água abaixo, vai embora. A vítima pede que o próprio golpista chame a Polícia, mas ele sai, dizendo ser trabalhador.
A tentativa de golpe acende um alerta: as quadrilhas tentam passar uma sensação de transparência e segurança na abordagem, mas tudo não passa de uma farsa. A dica é não é entregar o cartão, nem fornecer dados pessoais como nome, telefone fixo, CPF, endereço ou principalmente senhas dos cartões pessoais em hipótese alguma.