Após mais de 10 horas de julgamento no Fórum Abelardo Penna, em Uberlândia, o médico veterinário Daniel Alexander Pereira da Cunha foi condenado a 13 anos de prisão em regime fechado pela morte da ex-namorada Elisângela Aparecida Oliveira Araújo, de 23 anos.
Para o júri, o caso se tratou de homicídio doloso, com a intenção de matar, duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
O crime aconteceu no dia 27 de setembro de 2003, no Bairro Saraiva, ou seja, 13 anos atrás. Na época, a jovem era estudante de psicologia e Daniel estudante de veterinária. Os dois tinham três anos de relacionamento, mas segundo testemunhas e familiares, era um namoro conturbado.
Segundo o promotor Sílvio Fausto, a promotoria achou a pena muito branda e vai recorrer para que seja aumentada para de 15 a 16 anos de reclusão. Para a mãe da vítima, Terezinha Lázara Oliveira, a justiça não foi feita como ela queria, pois ela perdeu uma filha e o criminoso estará em liberdade breve. “Ele tirou o sonho dela e acabou com toda a nossa família”, disse.
O advogado de defesa, Roberto Pioli, que manteve a teoria de disparo acidental, já recorreu da sentença. Sete jurados, quatro mulheres e três homens, participaram do júri popular.
De acordo com a polícia, na época do crime, na casa de Daniel foram apreendidas uma carabina, duas pistolas, uma espingarda, três facas de caça e dois revólveres, inclusive o de calibre .38 do qual saiu o tiro que matou Elisângela.
A posição do revólver foi a qualificadora para desqualificar a hipótese de tiro acidental.
Com informações de Léo Soares e Léo Carvalho