O ex-piloto austríaco Niki Lauda, um dos principais nomes da história da Fórmula 1 e tricampeão mundial, morreu na noite de ontem (20), aos 70 anos de idade. A notícia da morte foi dada pela família de Lauda, que contou que ele faleceu dormindo.
A Ferrari, que foi sua escuderia em dois títulos mundiais (1975-1977), lamentou a morte. “Hoje é um dia triste para a F1. A grande família da Ferrari recebe com profunda tristeza a notícia da morte do amigo Niki Lauda”, escreveu no perfil oficial no Twitter. “Permanecerá no nossos corações e no de seus fãs. Tchau, Niki”.
A McLaren, com qual Lauda também foi campeão em 1984, também se pronunciou. “Todos da McLaren estão profundamente tristes com a notícia que o nosso amigo, colega e campeão do mundo de F1 em 1984, Niki Lauda, morreu”, postou a escuderia nas redes sociais.
Em declarações à ANSA, o empresário italiano e ex-presidente da Ferrari Luca di Montezemolo confessou que a morte de Lauda “deixa um grande vazio dentro de mim”. “Caro Niki, grande e verdadeiro amigo há 50 anos. Penso tanto em você e sua morte deixa um grande vazio dentro de mim. Com você, vivi alguns dos momentos mais bonitos da minha vida, compartilhamos tantas vitórias inesquecíveis da Ferrari e sempre permanecemos unidos com afeto”, comentou Montezemolo.
Além das três vitórias na F1, outro episódio fez Lauda virar venda no esporte. Em 1976, ele sofreu um acidente no circuito de Nürburgring, ficou desacordado dentro do carro em chamas e sofreu graves queimaduras. Algumas das quais deixaram uma cicatriz no seu rosto, marca que levou até o fim da vida.
Após 43 dias do acidente, Lauda decidiu voltar a correr e disputou o GP a Itália com a Ferrari. Com o rosto desfigurado, ele terminou a prova na quarta colocação. O título da F-1 daquele ano terminou com o britânico James Hunt, que aproveitou o desfalque do adversário. Lauda, porém, acabou em segundo. A rivalidade entre o austríaco e o britânico deu origem ao filme “Rush”, em 2013.
Ansa Brasil