Seis dos oito acusados de participação no atentado contra o prefeito de Campo Florido, Renato Soares de Freitas, o Renatinho (PSD), ocorrido em 2017, durante a campanha eleitoral, foram pronunciados pelo Juiz da 3ª Vara Criminal de Uberaba, Stefano Renato Raymundo. Como os pedidos das defesas dos acusados não foram acatados pelo magistrado, eles devem ir a júri popular. As partes têm oito dias, a partir do recebimento da intimação, para recorrerem. Por isso, a data para o julgamento ainda não foi marcada.
Dos oito acusados, dois estão presos e outros dois são considerados foragidos. Quanto ao restante, eles poderão recorrer em liberdade.
A defesa dos réus chegou a solicitar a absolvição de dois deles e a desclassificação do crime de tentativa de homicídio para lesão corporal, bem como a retirada do caso do Tribunal do Júri. Porém, nenhum dos pedidos foi acatado.
Entenda o crime – Renatinho foi baleado no dia 30 de junho de 2017, às vésperas da eleição suplementar no município. A Polícia Militar (PM) informou na época que o candidato apresentava duas perfurações no ombro, uma no peito e outra no pescoço. Duas cápsulas de munição calibre 380 e um projétil deflagrado do mesmo calibre foram encontrados no local.
Os suspeitos são José Brito de Alencar que, conforme a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE), foi o executor do crime; Amarildo Antônio Zacarias que teria sido o intermediador; o ex-prefeito da cidade Ronaldo Castro Bernardes, apontado como o mandante do atentado; Otaliba Signato de Melo Neto e Maikon Diego Martins Nascimento, que teriam sido os “autores intelectuais” ao arquitetar o crime; e, por fim, Lucas Henrique Mendes Silvério da Silva por ter dado apoio na fuga do executor.
Outros dois réus que residem em Uberlândia se encontram foragidos e o processo foi desmembrado do restante dos réus.
Jornal de Uberaba