A operação ocorre também em SP, PR, MS, AC, RR, PE, e outras cidades de Minas (Foto: Divulgação/PF)

Uma mulher de 27 anos foi presa na manhã desta terça-feira, 6 de agosto, no Bairro Morada Nova, em Uberlândia, suspeita de integrar o núcleo financeiro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Com ela foram apreendidas anotações concernentes à investigação.

De acordo com a Polícia Federal, esta é a quarta vez que a jovem é presa e ela já foi encaminhada ao Presídio Professor Jacy de Assis, onde permanece à disposição da Justiça. Ainda não foi divulgado o real envolvimento dela com o PCC, uma vez que o centro das investigações ocorre em Cascavel, no Paraná.

A Operação Cravada tem o objetivo de desarticular o núcleo financeiro da facção criminosa responsável pelo recolhimento, gerenciamento e emprego de valores para financiamento de crimes nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais.

Cerca de 180 policiais federais cumprem 55 mandados de busca e apreensão e 30 de prisão, expedidos pela Vara Criminal de Piraquara/PR, nos municípios de Curitiba, São José dos Pinhais, Paranaguá, Centenário do Sul, Arapongas, Londrina, Umuarama, Pérola, Tapejara, Cascavel, Guarapuava no estado do Paraná, Praia Grande, Itapeva, Osasco e Itaquaquecetuba, Hortolândia, São Paulo e no presídio de Valparaíso no Estado de São Paulo, além de outras localidades nos estados do Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais. Dos 30 mandados de prisão, 8 serão cumpridos em presídios, sendo 3 em São Paulo, 1 no Mato Grosso do Sul e 4 no Paraná.

“Verificou-se que o núcleo é responsável por recolher e gerenciar as contribuições para a facção criminosa em âmbito nacional. Os pagamentos eram repassados à Organização Criminosa por intermédio de diversas contas bancárias e de maneira intercalada, com uso de medidas para dificultar o rastreamento. A investigação indica a circulação de aproximadamente 1 milhão de reais/mês nas diversas contas utilizadas em benefício do crime”, diz nota divulgada pela PF.

A investigação teve início em fevereiro deste ano, com base em informações obtidas acerca da existência de uma espécie de núcleo financeiro da facção criminosa estabelecido na Penitenciária Estadual de Piraquara (PR). De acordo com a PF, foram identificadas e bloqueadas mais de 400 contas bancárias suspeitas em todo o país e os valores que transitavam entre as contas bloqueadas eram utilizados para pagar a aquisição de armas de fogo e de entorpecentes para a facção, além de providenciar transporte e manutenção da estadia de integrantes e familiares de membros da facção em locais próximos a presídios.

Os investigados devem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de Tráfico de Entorpecentes, Associação para o Tráfico, Organização Criminosa, entre outros.

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