O Tribunal de Justiça de São Paulo deu parecer favorável ao pedido de progressão de pena, do regime fechado para o semiaberto, para Elize Matsunaga – condenada por matar e esquartejar o marido, Marcos Kitano Matsunaga, diretor executivo e neto do fundador da empresa de alimentos Yoki, no dia 19 de maio de 2012.

Com a decisão, Elize poderá trabalhar e estudar fora da cadeia, além de também ter direito às saídas temporárias. Ainda não há previsão de data para que ela deixe a penitenciária.

Elize Matsunaga foi condenada, em 2016, a quase 19 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver e, desde então, tem cumprido pena em regime fechado no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo.

Em março deste ano, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça já havia concedido uma redução de dois anos e seis meses na pena de Elize.

Segundo o ministro Jorge Mussi, do STJ, a pena foi reduzida sob o argumento de que Elize havia confessado os crimes de homicídio e de ocultação de cadáver.“Nos termos do artigo 200 do Código de Processo Penal, a confissão é cindível, e cabe ao magistrado fazer a filtragem da narrativa apresentada, excluindo as alegações não confirmadas pelos demais elementos probatórios e, no caso destes autos, as que não foram acolhidas pelos jurados”. 

Na época, em entrevista ao SBT Brasil, o advogado de Eliza Matsunaga alegou que, diferente do que aconteceu em outros casos de grande repercussão, a cliente era ré confessa e, por isso, poderia recorrer ao instrumento da confissão.

“Ao contrário de outros crimes midiáticos, como o da Suzane Von Richthofen e do goleiro Bruno, Elize sempre buscou confessar à Justiça o que ela tinha feito com uma minúcia de detalhes”, argumentou o defensor, Luciano Santoro.

Mediante a decisão da Justiça, em março, a pena de Elize foi reduzida para dezesseis anos e três meses.

SBT

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *