Dois jovens, de 20 e 21 anos, moradores de Uberlândia, foram presos pela Polícia Civil da cidade, suspeitos do assassinato da enfermeira Zelimar Lima, de 42 anos, moradora de Uberaba, no Triângulo Mineiro. O crime aconteceu no município vizinho, Araguari. Segundo as investigações, a mulher foi morta durante uma negociação que fazia com os suspeitos de Uberlândia para conseguir um diploma falso de médica.

A vítima, natural de Patrocínio, trabalhava no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) em Uberaba e tinha a intenção de atuar como médica no Hospital de Clínicas da UFU, em Uberlândia, por isso solicitou aos jovens toda a papelada necessária, dizendo que pagaria bem pelo serviço. Zelimar chegou a pagar R$ 16 mil aos algozes, mas na semana passada, quando descobriu ter sido vítima de um golpe de estelionato, ameaçou chamar a polícia, e foi executada. A enfermeira foi atraída pelos dois em um rancho de Araguari.

Um caso cruel, bárbaro e com muita frieza. De acordo com o delegado Daniel Azevedo, não ficou clara ou comprovada ainda a causa mortis da mulher, que teve o corpo totalmente carbonizado. Eles a teriam dopado. “Segundo o depoimento deles, essa vítima em virtude da superdosagem de remédios convulsionou. E eles, ao invés de levarem a vítima, prestarem socorro, voltarem atrás das suas ações, eles aguardaram a vítima se debater no chão durante 20 minutos até morrer. Depois com um litro de álcool atearam fogo na vítima para ocultação do cadáver à beira da represa.”

Um suspeito foi preso no Bairro Planalto e o outro no Marta Helena, em Uberlândia, nas casas das respectivas namoradas. O celular da vítima foi localizado no carro de um dos autores. “Ele formatou todas as informações para poder dificultar as investigações. O celular foi aprendido e vai ser periciado”, informou o delegado.

Um revólver calibre 38 e uma réplica de arma de fogo foram apreendidas com os presos. Segundo o delegado eles as utilizavam para cometer crimes em Uberlândia. Pelo facebook eles atraíam vítimas de estelionato com a promessa de que receberiam pagamentos ilícitos.

Os presos vão responder por estelionato, homicídio, ocultação de cadáver e posse ilegal de arma de fogo.

O caso foi repassado para a Polícia Civil de Araguari, tendo em vista que o assassinato e a ocultação do cadáver ocorreram naquela cidade. “Mesmo após um crime bárbaro eles continuaram suas vidas como se nada tivesse acontecido e eram acima de qualquer suspeita. Não fosse a atuação da PC seria mais um crime sem resolução.”

 

 

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