O presidente Jair Bolsonaro passou, nas últimas horas, a ser alimentado de forma endovenosa (pela veia), segundo o boletim médico divulgado nesta quarta-feira (11) pelo pelo Hospital Vila Nova Star. Desde a segunda-feira (9), os médicos tinham introduzido uma dieta líquida para o presidente. No entanto, diante da evolução do quadro, Bolsonaro só voltará a ingerir alimentos oralmente após novas avaliações médicas.
De acordo com o comunicado divulgado nesta manhã, o presidente apresentou nas últimas 12 horas uma “lentificação dos movimentos intestinais e distensão abdominal”, que levaram não só a suspensão da alimentação oral como a “passagem de sonda nasogástrica”. Ele segue sem dores ou febre.
A sonda introduzida pelo nariz e que chega até o aparelho digestivo tem como objetivo retirar o excesso de ar no estômago e no intestino grosso. Esses gases, segundo a equipe médica, são uma das causas da quase paralisia do intestino de Bolsonaro.
O presidente já havia apresentado quadro semelhante em setembro do ano passado, depois do atentado, e em janeiro deste ano, após a retirada da bolsa de colostomia. Por isso, o quadro é considerado normal e não altera as previsões em relação à recuperação. A situação também está sendo contornada com caminhadas que estimulam o funcionamento do intestino e eliminação dos gases.
Essa é a quarta cirurgia a qual Bolsonaro é submetido desde que foi esfaqueado em um ato de campanha eleitoral em setembro de 2018. Bolsonaro deu entrada no hospital, localizado na zona sul da capital paulista, na noite do último sábado (7) para ser submetido a uma cirurgia para tratamento de hérnia incisional na região do abdome.
Ontem (10), o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, disse que está mantida a previsão para que Bolsonaro reassuma o cargo depois do fim do prazo de cinco dias licenciado. O vice-presidente Hamilton Mourão exerce interinamente a Presidência desde o último domingo e deve continuar na função até quinta-feira (12). Foi disponibilizada uma ala do hospital para a equipe da Presidência e para a família de Bolsonaro.
Agência Brasil