A Polícia Federal apontou um navio grego como o mais provável responsável pelo vazamento de óleo que poluiu as praias dos estados do nordeste. A Polícia Federal e a Marinha analisaram mais de 800 imagens de satélite.
Mandados de busca e apreensão foram realizados pela Polícia Federal no centro do Rio de Janeiro, os alvos foram duas empresas que teriam relações comerciais com a Delta Tankers, proprietária do navio Bouboulina, fabricado em 2006. A INTERPOL também foi acionada e agora os investigadores esperam informações de cinco países.
A Polícia Federal e Marinha analisaram mais de 800 imagens de satélite, além de relatórios sobre correntes marítimas, para delimitar a região onde o derramamento pode ter ocorrido.
A principal suspeita é que tenha começado no dia 29 de julho, a mais de 700km da costa da Paraíba. O delegado da Polícia Federal Agostinho Cascardo, explicou o percurso do navio:
“O navio fez um percurso saindo da Venezuela, passando pelo atlântico, depois sul da África, foi até Cingapura, sem atracar no porto, voltou para a África do Sul, depois Nigéria e agora trafega sem destino aguardando frete na costa da África“.
O Ministério Público estima que cerca de 2500 toneladas de petróleo tenham sido despejadas no mar. As duas empresas onde houve buscas declararam que não têm relação com a dona do navio, o SBT não conseguiu contato com a Delta Tankers.
As investigações continuam, e a principal pergunta é se o derramamento foi acidental ou intencional. Por enquanto, a única certeza é de que houve um crime ambiental sem precedentes. Nesta sexta-feira (01), equipes de limpeza recolheram mais petróleo na praia de Arembepe, na Bahia.
O Governo Federal decretou estado de emergência em 309 municípios baianos e paraibanos, mas ainda não é possível afirmar por quanto tempo as praias continuarão a receber óleo.
SBT