Começa neste sábado (9) a mais importante edição da Superliga dos últimos tempos. É claro que para os clubes participantes, no final das contas, o que vale é o título. Só que para as seleções brasileiras feminina e masculina a principal competição interclubes do país vai servir como uma espécie de preparatório para Tóquio 2020. Tanto Renan Dal Zotto quanto José Roberto Guimarães estarão ligados no desempenho dos atletas que ainda buscam uma vaga nas seleções brasileiras. Um bom desempenho na competição pode carimbar a vaga de algum deles. Um desempenho vacilante pode tirar um atleta da Olimpíada.
No feminino este é o caso de Sheilla. Mais novo reforço do Itambé/Minas, a oposta estará sob pressão. Se não conseguir retomar à velha forma que lhe rendeu a glória na seleção brasileira, dificilmente estará no time que vai tentar o tricampeonato olímpico em Tóquio 2020. Entre os homens a briga pela posição de ponteiro da equipe nacional é boa. Leal e Lucarelli parecem ter vaga garantida. Maurício Borges e Douglas Souza têm preferência na posição. Mas se Lucas Lóh, do Sesi São Paulo, arrebentar na Superliga, será que Renan vai deixá-lo de fora da lista olímpica?
Mesmo regulamento para homens e mulheres
A Superliga Masculina conta com doze equipes que jogam em turno e returno. As oito mais bem colocadas avançam às quartas-de-final, e o mata-mata continua até a final, que vai ser disputada em melhor de três jogos. Participam desta edição o atual campeão EMS Taubaté Funvic, o América Vôlei, o Apan Blumenau, o Denk Academy Maringá, o Fiat/Minas, o Pacaembu Ribeirão Preto, o Sada Cruzeiro, o Sesc Rio, o Sesi São Paulo, o Vôlei Renata e o Vôlei Um Itapetininga. O Ponta Grossa Vôlei entrou na última hora em substituição ao Botafogo, que desmontou o time e desistiu de participar da competição.
Comandado por Renan Dal Zotto, o Taubaté aparece como o principal favorito. Reunindo uma verdadeira seleção brasileira em quadra, o vencedor do ano passado começou bem a atual temporada levando os títulos da Supercopa e do Campeonato Paulista. Outras três equipes podem ser consideradas postulantes à taça: O supercampeão Sada/Cruzeiro, o Sesc Rio e o Sesi São Paulo. O Fiat/Minas e o Vôlei Renata devem comer pelas beiradas para tentar uma vaga na grande decisão.
Disputa feminina
A Superliga feminina tem o mesmo regulamento da masculina. Participam doze clubes: Flamengo, Curitiba Vôlei, Dentil/Praia Clube, Pinheiros, Fluminense, Osasco/Audax, São Cristóvão Saúde/São Caetano, São Paulo/Barueri, Sesc Rio, Sesi Bauru, Valinhos, além do atual campeão Itambé/Minas.
Ao menos cinco equipes surgem em condições de disputar o título. Nenhuma delas têm o status de favorita absoluta. Neste início de temporada o Dentil/Praia Clube aparece com força. A equipe de Uberlândia foi campeã mineira e também da Supercopa, os dois títulos foram obtidos em cima do rival Itaimbé/Minas, outro que deve dar trabalho às adversárias. Além dos times mineiros, Sesc Rio (do técnico Bernardinho), Osasco/Audax e Sesi Bauru também são candidatos ao título. Outras equipes podem surpreender. É o caso do São Paulo Barueri. A equipe é formada por jovens jogadoras, mas conta com o comando do tricampeão olímpico José Roberto Guimarães e já mostrou força ao chegar à final do Campeonato Paulista.
As dúvidas ainda são muitas, e as respostas devem aparecer rodada a rodada na Superliga. A promessa é de muita emoção e disputas acirradas em quadra.
Agência Brasil