O Ministério das Relações Exteriores informou, na noite desta segunda-feira (06), que a encarregada de negócios da Embaixada do Brasil em Teerã, Maria Cristina Lopes, foi convocada por autoridades iranianas para prestar esclarecimentos.
Na última sexta-feira (03), o Itamaraty divulgou uma nota na qual afirmou apoio à “luta pelo flagelo do terrorismo” – referindo-se ao ataque dos Estados Unidos a um comboio militar no Aeroporto de Bagdá, no Iraque, que matou o principal líder da guarda revolucionária do Irã, o general Qassem Soleimani.
Apesar de ter sido o alvo principal do bombardeio, o militar iraniano não foi mencionado no comunicado do Itamaraty que, por outro lado, condenou o ataque à embaixada norte-americana no Iraque. “O Brasil condena igualmente os ataques à Embaixada dos EUA em Bagdá, ocorridos nos últimos dias, e apela ao respeito da Convenção de Viena e à integridade dos agentes diplomáticos norte-americanos reconhecidos pelo governo do Iraque presentes naquele país”.
Segundo o Ministério das das Relações Exteriores, o terrorismo não pode ser considerado um problema restrito ao Oriente Médio e que, por isso, o Brasil não pode “permanecer indiferente a essa ameaça, que afeta inclusive a América do Sul”. A nota dizia ainda que o país está “pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento”.
O teor da conversa é considerado reservado pelas autoridades e, de acordo com o Itamaraty, não será divulgado.